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Elegia para uma re(li)gi? o
来自 : www.researchgate.net/publicati 发布时间:2021-03-26
ArticleElegia para uma re(li)gi? oJanuary 1977Authors:

\"FranciscoFrancisco De. Oliveira

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Request full-text PDFCitations (147)References (0)... Sem os resultados esperados e os serviços da IOCS parados, o órgão foi mudado para IFOCS em 1919, em vigência da presidência de Epitácio Pessoa, durante mais uma seca que duraria três anos, 1919-1921(Oliveira, 1981. Permanecendo a estrutura política dominante, o IFOCS se apodera ainda mais fortemente da indústria da seca , termo criado anos depois para definir o uso da seca como estratégia de exploração da miséria pelas oligarquias nordestinas. ...... Porém, o órgão se manteve subordinado aos interesses dos latifundiários, garantindo a perpetuação dos coronéis regionais. Igualmente, para Oliveira (1981), os resultados deste mecanismo foram a expansão e a hegemonia capitalista do Centro-Sul e a imobilização do Nordeste, que tinha suas elites satisfeitas com as benesses particulares trazidas pelas obras, aprofundando as disparidades regionais e entre as classes sociais. ...... A marca mais impressionante do governo de Aluízio Alves (1961Alves ( -1966 A preocupação em elaborar um diagnóstico conclusivo dos problemas nordestinos e propor soluções definitivas para seu desenvolvimento, por intermédio do GTDN, e criar um banco específico para a região, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), foram medidas drasticamente obstruídas pelo regi-me militar de 1964. Todos estes órgãos de caráter federal tiveram suas equipes técnicas trocadas por militares, interrompendo importantes projetos em andamento, demitindo pessoal capacitado e com expressiva experiência, além de tirar autonomia das agências federais, subordinando-as à lógica militar (Oliveira, 1981;Villa, 2000). ...Barragem Poço de Varas: uma proposta política centenáriaArticleFull-text availableDec 2020José Washington Gonçalves PereiraCícero Nilton Moreira Da SilvaA fim de superar os problemas decorrentes das secas na região Nordeste do Brasil, o Estado, ao longo de sua história, decidiu investir na construção de obras hidráulicas, especialmente em barragens. Neste sentido, o presente trabalho se trata de um estudo de caso acerca da proposta centenária de construção da Barragem Poço de Varas, que está presente desde 1915 no cenário político da microrregião Serra de São Miguel, no interior do Estado do Rio Grande do Norte. Dessa forma, os objetivos deste artigo foram analisar como a proposta da barragem tem interferido historicamente na política e na gestão dos recursos hídricos dos municípios de Dr. Severiano, Encanto, Venha Ver, Cel. João Pessoa e, especialmente, São Miguel. Para tanto, além de conversas informais e diversas visitas in loco, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os prefeitos dos municípios de Cel. João Pessoa e São Miguel, com o ex-secretário de infraestrutura do Estado do Rio Grande do Norte e com os moradores que perderão suas casas caso a obra seja construída. Para o tratamento dos dados coletados, utilizamos a Análise de Conteúdo, método criado por Bardin (1977) e defendido por Silva Fossá (2013). Os resultados demonstram como a Barragem Poço de Varas foi transformada politicamente na única alternativa para a solução hídrica dos municípios envolvidos no projeto, bem como as famílias Fernandes e Torquato se hegemonizaram no poder local durante esse período, tendo a barragem como carro-chefe de campanha.ViewShow abstract... São Paulo já despontava como potência econômica exportadora do país, e alguns estados e regiões ficaram de fora desse circuito e dos benefícios trazidos pela expansão cafeeira. O Brasil ainda era formado por arquipélagos de economias regionais, como disse Francisco de Oliveira (1987), pulverizadas em poderes locais que não compunham uma unidade territorial conectada economicamente. Desde o Império, ou como preferia Florestan Fernandes (2010), desde o período neocolonial, era reconhecido o problema de interligar as regiões brasileiras. ...... Segundo Oliveira (1987), havia duas elites agrárias no Nordeste: uma algodoeira-pecuária e outra açucareira. Esta era decadente, exportadora e situada no litoral, ao passo que aquela estava em expansão justamente na área de ocorrência das secas, imbricando a economia e a política sobre a Ifocs e tornando esse órgão uma simbiose da elite algodoeira-pecuária. ...... Enquanto esta região se tornava industrial, o Nordeste ainda estava preso às antigas elites agroexportadoras. Oliveira (1987) adiciona ao argumento o fato de as instituições criadas pelo governo federal, como a Inspetoria de Obras Contra as Secas (Iocs), posteriormente transformada em Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), terem sido historicamente capturadas pelas oligarquias regionais, a exemplo da construção de açudes dentro de propriedades particulares de grandes proprietários rurais, contribuindo, assim, para a reprodução da pobreza local. Mesmo o recente BNB já havia sido capturado pelos oligarcas locais, fato evidenciado por sua sede ter sido criada em Fortaleza, principal reduto da oligarquia agrária algodoeira pecuária, o que fez com que o financiamento fosse destinado a atividades agropecuárias e ao polígono das secas (Oliveira, 1987, p. 95). ...HISTÓRIA DAS POLÍTICAS REGIONAIS NO BRASILBookFull-text availableOct 2020

\"RodrigoRodrigo Portugal

\"SimoneSimone Affonso da SilvaHistória das Políticas Regionais no Brasil atualiza temas e discussões pertinentes e necessários para se compreenderem os desdobramentos das políticas de desenvolvimento regional no país, hoje envoltas em dilemas já muito conhecidos: privatização versus uso social do território, competitivi-dade versus cooperação entre lugares, perspectiva de lucro versus promoção de justiça socioespa-cial, homogeneização econômica versus desigualdades sociais e regionais. Na obra, os autores revisitam as origens das políticas regionais, trazendo à tona o reconheci-mento institucional dos problemas da região. Estimulam também discussões sobre a concepção do nacional-desenvolvimentismo, a partir de um posicionamento crítico do modelo clássico de desenvolvimento regional implantado no Brasil, para, ao final, reservarem atenção à reconfiguração atual do Estado e ao perfil das políticas regionais, que passam, por meio dele, a ser delineadas. Nesse percurso, busca-se não apenas recuperar para o leitor a história de uma política de planejamento, mas também situá-lo diante das orientações das políticas ao longo do tempo, identificando as perspectivas que se colocam para o futuro a partir do momento presente.Das regiões de planejamento do passado às unidades de conservação e aos territórios de cidadania atuais, há uma substancial mudança na geometria e na geografia do desenvolvimen-to regional; mudança esta que é muito bem abordada no livro por Rodrigo Portugal (economis-ta) e Simone Affonso da Silva (geógrafa). E é dessa forma que os autores brindam, com esta publicação, não somente os jovens acadêmicos de diferentes disciplinas, mas igualmente os pesquisadores sêniores e os policymakers de forma geral. Além de oferecer uma importante sistematização que situa as ações e as concepções de planeja-mento e de região na história política do país, este livro é uma importante referência de reflexão e de inspiração para análises críticas e comprometidas com o desenvolvimento e o ordenamento do território a partir da escala regional. Por isso, constitui-se uma obra oportuna e necessária, especial-mente para o atual momento de nossa história, que exige, mais do que nunca, o exercício do pensar e do fazer críticos e esclarecidos. * Saint-Clair Cordeiro da Trindade JúniorProfessor titular do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, da Universidade Federal do ParáViewShow abstract... Partimos da apresentação de uma dimensão espacial para a mobilização do trabalho assentada numa espécie de confinamento dos trabalhadores, a dimensão política ressaltada por Oliveira (1977) que fechava a região , pois a livre mobilidade do trabalho livre ainda não tinha condições de estabelecer um território nacional sem elevação dos salários, de maneira que a acumulação coronelista tinha de incluir o acesso à terra e a produção direta dos meios de vida como dado da sua reprodução. Essa forma de ser dessa espécie de confinamento não se assemelharia, por sua vez, a circunscrição progressiva dos camponeses em parcelas de terra cada vez menores motivada pela apropriação empresarial das melhores terras e aprofundada pelo envenenamento de cursos d´água e territórios inteiros em virtude da força de produção nos negócios agropecuários ou florestais. ...... Num território colonial em formação, cujas relações sociais de produção se assentavam no escravismo mobilizado para a produção de mercadorias tropicais de exportação (Prado Jr. 1979 Momento da territorialização colonial, as condições de reprodução camponesas generalizar-se-iam como condições de reprodução do capital com a crise do escravismo decorrente do cessar tráfico -entre as outras proibições que iam sendo impostas pela Inglaterra, na medida em que essa se tornava centro do imperialismo e esse forma de dominação prevalecente com os processos de independência e unificação nacionalconfiguradas em suas diferenças como aquelas em que se assentaria a passagem do escravismo para o trabalho livre no Brasil e cuja estruturação particular se vinculava diretamente com a necessidade de fechamento de determinada dimensão política e territorial de uma mobilidade em que o acesso à terra era prerrogativa da dominação regionalizada do trabalho e de seus produtos (Oliveira 1977). ...... Com a progressiva consolidação do Brasil independente num Estado nacional em institucionalização, sobretudo com a entrada na segunda metade do século XX, emergiria o planejamento regional justificado pela suposta necessidade de integração nacional dos referidos contextos particulares regionais de mobilização do trabalho, arquipélagos da produção de mercadorias para exportação, conectados mais diretamente ao mercado internacional que entre si, de maneira que por entre o leitmotiv da homogeneização do desenvolvimento voltado pra nivelar os chamados desequilíbrios regionais tomados quantitativamente no processo de reificação das diferenças qualitativas que de fato expressavam o que estaria a se impor era de fato um rompimento daquelas barreiras à mobilidade -levado a diante pelas mais diversas formas estatais de fomento para a generalização de uma reprodução monopolista do capital evidenciada como antes mencionamos pelas expropriações, formação da propriedade privada e de um mercado de terras e trabalhadores já de escala nacionalizada (Oliveira 1977). ...ESTADO E CRISE NA TERRITORIALIZAÇÃO DO CAPITAL NO CAMPO: VALE DO SÃO FRANCISCO (BA), VALE DO RIBEIRA (SP) E VALE DO JEQUITINHONHA (MG)ArticleFull-text availableJan 2019

\"AnaAna Carolina Gonçalves Leite

\"ErickErick Kluck

\"CecíliaCecília VecinaInvestigando condições hodiernas de reprodução social do campesinato no Vale do Jequitinhonha (MG), Vale do Ribeira (SP) e Vale do São Francisco (BA), nas comunidades rurais em que desenvolvemos pesquisas de pós-graduação, analisamos as relações de trabalho e apropriação fundiária que nos permitiram identificar os contornos contemporâneos da “questão agrária” no Brasil. E, nesse sentido, a atual forma de intervenção estatal nessas comunidades, mediada pelo planejamento territorial, que parece ter substituído o planejamento regional sobre o qual se estruturou a “questão agrária” na forma como emergida com a segunda metade do século XX. Afora a sua caracterização, discutiremos essas relações em termos de uma crise da territorialização do capital no campo, o que nos permitirá problematizar as transformações no planejamento.ViewShow abstract... O nível de desemprego foi reduzido, porém inferior ao nível esperado, já que a indústria moderna e dinâmica é pouco intensiva em trabalho 11 . Segundo Oliveira (1977), os poucos industriais nordestinos que sobreviveram conseguiram porque já estavam no nível dos grandes industriais do Sudeste ou já estavam caminhando para sê-lo no período de criação da Sudene. Os incentivos fiscais, por um lado, serviram como mecanismo de concentração e centralização do capital para esse pequeno grupo de industriais; mas por outro lado, serviram para adiar a falência da maioria dos industriais nordestinos, que cedo ou tarde foram esquecidos no tempo. ...... Oliveira (1977) mostra que o conflito de classes (forças populares do Nordeste e a burguesia industrial do Sudeste), que apareceu com roupagens de conflitos ou desequilíbrios regionais, se traduziu na intervenção planejada do Estado no Nordeste, ou seja, a Sudene. 10 SegundoOliveira (1977) esta era a regra de ouro para o capitalismo, pois, por definição, deduz mais quem tem mais impostos a pagar. ...... Oliveira (1977) mostra que o conflito de classes (forças populares do Nordeste e a burguesia industrial do Sudeste), que apareceu com roupagens de conflitos ou desequilíbrios regionais, se traduziu na intervenção planejada do Estado no Nordeste, ou seja, a Sudene. 10 SegundoOliveira (1977) esta era a regra de ouro para o capitalismo, pois, por definição, deduz mais quem tem mais impostos a pagar. ...DESCONCENTRAÇÃO NO BRASIL: NORDESTE, DA SUDENE AOS ANOS 2000ArticleFull-text availableJul 2014

\"AlderirAlderir SilvaMaria do Socorro Gondim TeixeiraEste trabalho procura analisar o processo de desconcentração das atividades econômicas e, portan-to, da renda na economia brasileira desde a implemen-tação da Sudene até os anos 2000. E neste processo, mostrar a evolução da região Nordeste. As décadas de 1960, 1970 e meados da década de 1980 são marcados por forte crescimento econômi-co da economia brasileira, seguidos pela desconcentra-ção da atividade industrial e da renda. No final dos anos 50 e meados dos anos 1960, a divulgação dos dados das contas nacionais revelaram a concentração da atividade e da renda na região Sudeste, o que pro-vocou a indignação de camadas da sociedade das ou-tras regiões, surgindo diversas políticas regionais. A DESCONCENTRAÇÃO NO BRASIL: NORDESTE, DA SUDENE AOS ANOS 2000 Deconcentration in Brazil: Northeast, Sudene of the year 2000 Resumo: este artigo mostra o processo de desconcen-tração das atividades na economia brasileira, sobretu-do no Nordeste, desde a implementação da Sudene ao período mais recente. Esse processo continuou nas duas décadas depois da Sudene, seguido por um perío-do de baixo dinamismo, quando predominaram as forças do mercado, causando a inflexão do crescimen-to econômico e, consequentemente, a desconcentração da atividade e da renda. Contudo, no inicio dos anos 2000, a política regional e o planejamento voltaram, principalmente, na segunda metade da década. A eco-nomia brasileira inicia uma trajetória de crescimento, levando consigo o Nordeste. Diante disso, algumas questões emergem: essa dinâmica da economia brasi-leira tem sido acompanhada pela desconcentração da renda? Qual a situação do Nordeste dentro deste novo contexto? Diferente das últimas duas décadas, o cres-cimento econômico apresentado nos anos 2000 foi acompanhado pela desconcentração da produção e, por conseguinte da renda, derivado da ação mais ativa do Estado em termos de políticas regionais. Assim, conclui-se que o Nordeste, dentro desse contexto, a-presentou taxas de crescimento acima da média do País elevando a renda per capita da Região. Nesse sentido, esse crescimento foi acompanhado também pela melhora no padrão de vida da população, princi-palmente, devido à política de transferência de renda do Governo Federal. Palavras-chave: Desconcentração de renda; Nordeste; política regional. GEL: R11, R58, O18. Abstract: the purpose of this paper is to show the process of deconcentration of activities covered by the Brazilian economy, especially in the Northeast, since implementation of Sudene the most recent period. The deconcentration process has continued in the two decades after Sudene, followed by a period of low dynamism where market forces prevailed, causing the inflection of economic growth and consequently the deconcentration and income. However, in the early 2000s, regional policy and planning reappeared, especially in the second half of the decade. The Brazilian economy begins a growth trajectory, taking the Northeast. Therefore, some questions emerge: this dynamic Brazilian economy has been accompanied by decon-centration of income. What is the situation in the Northeast within this new context. Unlike the past two decades, economic growth presented in the 2000s was accompanied by deconcentration of production and hence income, derived from the action of the most active state in terms of regional policies. Thus we conclude that the Northeast, the Northeast within this context has had growth rates above the average of the country by raising the per capita income of the region. Therefore, this growth was accompanied by an improvement in the standard of living of the Northeastern population, mainly due to income transfer policy of the Federal Government. The methodology of this study consists of a literature review of a specific and descriptive analysis of data.ViewShow abstract... Essas novas forças (ainda que de cunho oligárquicas) procuraram viabilizar um novo projeto de desenvolvimento para o País. Neste novo projeto, há uma inversão radical no padrão de acumulação de capital, que deixa de ser de caráter primário-exportador, cuja produção de valor se realizava externamente, para um acumulação de capital com base interna, ou seja, o mercado interno assume a preponderância, no que consiste à realização do valor da produção (OLIVEIRA, 1985). ...... nte para 58% na década de 1960(CANO, 1985). Este dado mostra que a economia paulista, detinha o poder de influenciar substancialmente o processo de reprodução do capital.O Estado de São Paulo paulatinamente (desde o século XIX) concentrou um maior volume de indústrias em seu território, adquirindo um poder de barganha política relativamente grande.Oliveira (1985) mostra que: ...... ...SegundoOliveira (1985), o caráter desigual e combinado das leis de desenvolvimento do capitalismo podem ser vistas nas obras de Lenim -El Desarrollo del Capitalismo en Rusia, in Obras Completas, Tomo III ed. Cartago, Buenos Aires, 1957 -e na História da Revolução Russa, de León Trotsky publicada pela ed. ...BREVES NOTAS SOBRE O ESTADO, A REGIÃO E O DESENVOLVIMENTO DESIGUALArticleFull-text availableJun 2020

\"WilliamWilliam Eufrásio Nunes PereiraAna Morais Cristina dos Santos Morais

\"FranciscoFrancisco Do O de Lima JúniorO desenvolvimento brasileiro foi marcado pela desigualdade social e regional. Mas não deve ficar reduzido ao bem-estar de alguns poucos grupos ou agentes. Para evitar a continuidade desse estado de coisas, a ação estatal é fundamental. Mas não uma ação qualquer e sim, uma ação deliberadamente estimuladora do desenvolvimento sustentável. O objetivo central é analisar sucintamente alguns pontos do processo de desenvolvimento desigual no Brasil e o papel da guerra fiscal na redução da desigualdade regional. A hipótese é que a guerra fiscal não contribui para a redução das desigualdades fiscais. A pesquisa histórico-dedutiva e a revisão bibliográfica se constituíram em atividades permanentes no decurso da elaboração desse paper. Um outro passo fundamental se constituiu em um levantamento de dados secundários que possibilitem a fundamentação das ideias desenvolvidas. Os resultados encontrados demonstram que a guerra fiscal não soluciona o desenvolvimento desigual.ViewShow abstract... Aproveitamos o ensejo para destacarmos os principais referenciais teóricos norteadores desse estudo. A exemplo, temos para discussões envolvendo o Estado e o capital autores como Marx (1984;2011), Harvey (2008; e Gonçalves , para 21 as políticas de planejamento: Furtado (2000; e Oliveira (1981), para a agricultura destacamos Diniz (1984), Schneider (2009) e Delgado (2005. Por fim, os temas das relações cidade-campo e políticas públicas (incluindo o nosso objeto de estudo), temos respectivamente Endlich (2006) e Silva (2006); Peixinho (2011;, Peliano (2001) e Veloso (2017). ...... Com isto, as propostas de desenvolvimento são apenas pano de fundo para a atuação do capitalismo alinhada às formas de poder do Estado para as suas pretensões capitalistas também, na tentativa de superação dos conflitos de classes, uma vez que a SUDENE tinha em suas diretrizes formas de aplicação nos setores da economia, como Francisco de Oliveira aponta Isto é elucidado nos objetivos do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN), pois aponta para a geração de empregos no Nordeste no sentido de dar emprego à massa de população flutuante e fixar na região os capitais formados em outras atividades econômicas, tais proposições têm efeito para diminuir a migração para o Centro-Sul e expandir o capital industrial sulista para aproveitar as matérias-primas da região, o mercado regional e absorver a mão de obra regional. Enquanto isso, o Estado transforma parte da mais-valia captada, sob as formas de impostos e de taxas, em capital(PEREIRA, 2009;OLIVEIRA, 1981). Assim, a aplicabilidade das Superintendências de Desenvolvimento, a começar pela SUDENE, representou uma das formas de acumulação capitalista do Estado, em que a prerrogativa do desenvolvimento está imbricada na procura de vantagens e alianças Estado Populista que resgatara ideais do governo Vargas. ...PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: Uma análise de dados sobre a estrutura, dinâmica e acesso no município de São Luís – MA de 2014 a 2018ThesisFull-text availableDec 2020

\"IgorIgor Breno Barbosa de SousaA presente pesquisa tem por objetivo analisar a estrutura, a dinâmica e o acesso do PNAE em São Luís de 2014 a 2018. A escolha do município de São Luís como recorte espacial para a pesquisa deve-se ao fato de o município contar com a maior participação no PNAE no Maranhão. Além disso, buscamos ainda verificar as estratégias utilizadas pelas secretarias municipais de educação e de agricultura para a consolidação do PNAE nas comunidades, além de mapear as escolas atendidas e as comunidades partícipes do programa e investigar o quanto a área rural ludovicense abastece as escolas do município por meio do PNAE. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos o Materialismo Histórico e Dialético como fundamento teórico-metodológico e o levantamento de dados secundários essenciais levando em consideração os métodos de representação e distribuição do espaço geográfico conjuntamente aos métodos estatísticos e geoestatísticos. Assim, destacamos o quanto a agricultura e o Estado possibilitam respectivamente, por meio da produção de alimentos e das políticas públicas para abastecer a população brasileira. Entretanto, a fome ainda é um problema e não temos estimativa para quando deixará de ser um obstáculo para a humanidade, e o PNAE, instituído em 1979, teve importantes modificações na sua estrutura para atender as crianças e adolescentes nas escolas. No que se refere à cidade de São Luís, analisamos teoricamente a forma multifacetada às transformações no tempo e no espaço ao longo dos anos, e a exemplo disso, é o avanço urbano indo cada vez mais em direção ao rural. A partir dessas transformações socioespaciais, sinalizamos para os efeitos da redução da Zona Rural ludovicense, onde comunidades e povoados estão sendo afetados em suas produções e podem veementemente deixar de produzir seus alimentos para vender para o PNAE. Por fim, a baixa quantidade de comunidades beneficiadas pelo PNAE decorre de parte dos alimentos solicitados não serem produzidos nas áreas agrícolas, além de São Luís não medir esforços para o cumprimento de pelo menos 30% dos produtos da agricultura familiar. Em suma, os laços e os braços firmados do Estado com o grande capital colocam entraves que afetam a execução do PNAE, e isso fica claro quando falamos nos privilégios exercidos pelo setor agrícola economicamente.ViewShow abstract... 65 Costa Peluso, 2016. 66 Costa Peluso, 2016 67 Para el debate sobre el desarrollismo brasileño, ver: Oliveira, 1977;Ianni, 2004;Vidal, 2009;Costa y Steinke, 2014. 68 Lúcio Costa, 1991. ...... Tanto Xochimilco, México, como Brasilia, Brasil, enfatizan, en esa tesis, la facultad de predicción del imaginario creado y difundido (o de la intencionalidad imaginativa), pues es balizador y entidad de preservación; es detonador del modo de perpetuación (i) del hecho espacial y (ii) de su sentido original. Xochimilco retrata el otro espacio en desfiguración, pues es comandada por 79 Ver en Oliveira, 1977, Holston, 1993, Vidal, 2009, Costa y Steinke, 2014 y Costa y Peluso, 2016, los antagonismos de la construcción de Brasilia para Brasil. 80 Habermas, 201380 Habermas, [1978. ...HETEROTOPÍA PATRIMONIAL: CONCEPTO PARA ESTUDIOS LATINOAMERICANOSArticleFull-text availableSep 2019SCRIPTA NOVAEveraldo Batista da Costa

\"IliaIlia Alvarado-SizzoHeterotopía patrimonial: concepto para estudios latinoamericanos (Resumen) Un problema elemental en el campo del saber geográfico se refiere a la dotación de méto-dos (y por supuesto de conceptos) que expliquen los fenómenos actuales situados espacial-mente. Así, este artículo tiene por objetivo presentar el concepto heterotopía patrimonial, el cual fue elaborado, aplicado y revisado desde experiencias latinoamericanas de investi-gación. Metodológicamente, el trabajo se estructura: (i) en la interpretación de los princi-pios filosóficos foucaultiano y geográficos raffestinianos que formulan, respectivamente, los conceptos heterotopía y ecogénesis territorial; (ii) en la comprensión de utopías imaginativas y de utopías operativas de la patrimonialización, las cuáles producen, imaginaria y concreta-mente, la heterotopía patrimonial como el otro espacio; y (iii) en el análisis de la heterotopía patrimonial de desfiguración con el caso de Xochimilco, en la Ciudad de México, y en la investigación de la heterotopía patrimonial de resistencia con el ejemplo de Brasilia, en Bra-sil. Estas verificaciones posibilitaron la revisión del concepto y reforzar la tesis de la facultad de predicción del imaginario creado y difundido como balizador y ente de la preservación. Palabras clave: Heteropía patrimonial, ecogénesis territorial, imaginario, América Latina. Heritage heterotopia:a concept for Latin American studies (Abstract) A basic issue in the field of geographical knowledge regards the endowment of methods (as well as concepts) explaining current phenomena spatially located. Thus, the aim of this paper is to introduce the concept of heritage heterotopia, which is elaborated, applied and reviewed departing from Latin American research experiences. Methodologically, the research is struc-tured: (i) from the interpretation of Foucault s philosophic principles and Raffestin s geographical notions, who respectively proposed the concepts hetetoropia and territorial ecogenesis; (ii) by the understanding of imaginative utopias and operative utopias, both produced by the heritage process (here conceptualized as patrimonialización), which produce, imaginary and concretely, the heritage heterotopia as the other space; and (iii) on the analysis of heritage heterotopia of disfigurement in the case of Xochimilco in Mexico City, and the research of heritage heterotopia of resistance with the example of Brasilia, in Brazil. Those corroborations allow the review of the concept and the reinforcement of the thesis of faculty of pre-vision of the imaginary which is created and spread as a guidance and entity for preservation.ViewShow abstract... Embora os atores até então evidenciados abalem o pacto oligárquico existente na região, não conseguem tomar o poder em escala regional, diferentemente do ocorrido com a oligarquia algodoeira pecuarista do sertão ao desbancar os Senhores de Engenho da zona da mata (OLIVEIRA, 1981). Aqueles atores são frágeis em termos políticos, dado gerador de necessidade de estabelecimento de alianças com outros segmentos políticos e administrativos para obter representatividade. ...... A natureza se apresenta, portanto, como premissa na construção do imaginário sociopolítico regional (CASTRO, 1997), dado a justificar sua utilização como recurso ideológico das elites políticas. As elites tradicionais ( oligarquia algodoeira-pecuarista , no dizer de Oliveira, 1981) souberam utilizar o recurso citado com competência, cabendo às novas elites regionais, a ascenderem ao poder no final do século XX, necessidade de elaboração de um discurso diferenciado e voltado à legitimação de nova política de desenvolvimento. ...Maritimidade nos TrópicosBookFull-text availableMar 2021

\"EustogioEustogio Wanderley Correia DantasView... Este processo gerou um processo de desnacionalização, monopolização e extinção das pequenas salinas do Rio Grande do Norte, as quais foram incorporadas ao capital de grupos estrangeiros, financiados pelo próprio dinheiro nacional (CARMO JÚNIOR, 2006). Ampliando este processo de incentivo ao capital estrangeiro, a SUDENE retirou do seu II Plano Diretor a restrição de utilização, pelas empresas de capital estrangeiro, dos mecanismos de dedução fiscal, o qual era anteriormente permitido apenas a empresas de capital 100% nacionais (OLIVEIRA, 1977). Desta forma, os incentivos fiscais da SUDENE foram direcionados ao capital internacional, facilitando, dessa forma, a penetração destes recursos financeiros estrangeiros no parque salineiro potiguar (COSTA, 1991). ...A MECANIZAÇÃO DAS SALINAS E O PROCESSO MIGRATÓRIO DA POPULAÇÃO TOTAL E URBANA DE MACAU/RN ENTRE 1970 E 2000ArticleJun 2019Iapony Rodrigues GalvãoA costa Norte Potiguar possui, desde o período colonial, notório destaque na produção salineira, dadas as condições favoráveis à extração do sal marinho (ANDRADE, 1995; COSTA, 2013; DINIZ, 2013). Entretanto a produção não conseguia atender sequer o mercado interno, situação modificada com a mecanização salineira implantada a partir da década de 1960, realizada com notória participação do grande capital internacional associado ao financiamento do estado brasileiro. E este processo de mecanização ocasionou drásticas mudanças em Macau, situada a 175 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte, ampliando o desemprego, gerando atitudes como acidentes de trabalho propositais (COSTA, 1991), para obter indenizações ou aposentadorias. Assim, o presente artigo objetivou discutir as consequências advindas da mecanização das salinas ocorrida em Macau/RN, a partir da década de 1970 até os anos 2000, como a ampliação do processo migratório a partir da escassez de postos de trabalho advindo do processo mecanizador das salinas, o qual tornou Macau decadente no contexto urbano potiguar, fundamentando este raciocínio em questões conceituais envolvendo a problemática analisada, como a expansão do capital na produção salineira e o decréscimo da população Macauense no período 1970-2000, recorrendo a levantamento de dados primários e secundários, que serviram para melhor explicar a realidade estudada. Em 1970, segundo o Censo Demográfico do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população macauense totalizava 25.800 habitantes, correspondendo à 7ª. maior população do Rio Grande do Norte. Já no censo demográfico de 1980, a população era de 24.078 habitantes, reduzida, portanto, se comparado a 1970. Em 1991, há retomada do crescimento, com a população totalizando 25.985 habitantes. Mas, no censo demográfico de 2000, a população sofre novo decréscimo, totalizando 25.700 habitantes, tornando Macau apenas a 16º maior cidade potiguar em número de habitantes. E neste processo de decréscimo populacional, destaca-se, no auge da crise, nos anos 1980, o fato de organismos relevantes, como a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, reduziu suas atividades com a estagnação do crescimento da população e a redução da demanda por cursos de graduação. Desta forma, concluiu-se que Macau não ofereceu alternativas concretas de ascensão e crescimento efetivo em diferentes esferas para essa população desempregada, não atenuando conflitos sociais gerados a partir da modernização tecnológica do parque salineiro, gerando, assim, o quadro de decréscimo populacional no período de 1970 a 2000.Palavras-Chave: Mecanização salineira. Decréscimo Populacional. Macau. ABSTRACTThe North Potiguar coast has, since the colonial period, been well-known in saline production, given the favorable conditions for the extraction of sea salt (ANDRADE, 1995; COSTA, 2013; DINIZ, 2013). However, production was not able to meet even the domestic market, a situation modified with saline mechanization implemented since the 1960s, with a notable participation of large international capital associated with the financing of the Brazilian state. And this process of mechanization led to drastic changes in Macau, located 175 km from Natal, capital of Rio Grande do Norte, increasing unemployment, generating attitudes such as deliberate work accidents (COSTA, 1991), to obtain indemnities or pensions. Thus, this article aimed to discuss the consequences of the mechanization of salinas in Macau / RN, from the 1970s to the 2000s, as the expansion of the migration process due to the shortage of jobs resulting from the mechanization process of which made Macau decadent in the Potiguar urban context. This rationale was based on conceptual issues, such as the expansion of capital in saline production and the decline of Macau population in the period 1970-2000, using primary and secondary data. which served to better explain the reality studied. In 1970, according to the Demographic Census of IBGE - Brazilian Institute of Geography and Statistics, the Macau population had 25,800 inhabitants, corresponding to the 7th largest population of Rio Grande do Norte. In the demographic census of 1980, the population was 24,078 inhabitants, thus reduced compared to 1970. In 1991, there was a resumption of growth, with the population totaling 25,985 inhabitants. However, in the 2000 population census, the population declined further, totaling 25,700 inhabitants, making Macau the only 16th largest city in terms of population. And in this process of population decline, at the height of the crisis, in the 1980s, the fact that relevant organisms, such as the Federal University of Rio Grande do Norte, reduced its activity with the stagnation of population growth and the reduction of demand for undergraduate courses. Thus, it was concluded that Macau did not offer concrete alternatives for survival for this unemployed population and did not attenuate the social conflicts generated by the technological modernization of the saline park, thus generating the population decline in the period from 1970 to 2000.Keywords: Saline mechanization; Population Decrease; Macau. RESUMENLa costa norte Potiguar posee, desde el período colonial, evidente destaque en la producción salinera, dadas las condiciones favorables a la extracción de la sal marina (ANDRADE, 1995; COSTA, 2013; DINIZ, 2013). Sin embargo la producción no logra atender ni siquiera el mercado interno, situación modificada con la mecanización salinera implantada a partir de la década de 1960, realizada con notoria participación del gran capital internacional asociado al financiamiento del estado brasileño. Y este proceso de mecanización ocasionó drásticos cambios en Macau, situada a 175 km de Natal, capital de Rio Grande do Norte, ampliando el desempleo, creando actitudes como accidentes de trabajo intencionales (COSTA, 1991), para obtener indemnizaciones o jubilaciones. Así, el presente artículo objetivó discutir las consecuencias derivadas de la mecanización de las salinas ocurrida en Macau / RN, a partir de la década de 1970 hasta los años 2000, como la ampliación del proceso migratorio a partir de la escasez de puestos de trabajo proveniente del proceso mecanizador de las salinas, el cual hizo Macau decadente en el contexto urbano potiguar, fundamentando este raciocinio en cuestiones conceptuales envolviendo la problemática analizada, como la expansión del capital en la producción de salinas y el decrecimiento de la población Macauense en el periodo 1970-2000, recurriendo a levantamiento de datos primarios y secundarios, que sirvieron para mejor explicar la realidad estudiada. En 1970, según el Censo Demográfico del IBGE - Instituto Brasileño de Geografía y Estadística, la población macauense totalizaba 25.800 habitantes, correspondiendo a la 7ª mayor población de Rio Grande do Norte. En el censo demográfico de 1980, la población era de 24.078 habitantes, reducida, por lo tanto, si se compara a 1970. En 1991, hay retomada del crecimiento, con la población totalizando 25.985 habitantes. Pero en el censo demográfico de 2000, la población sufre nuevo decrecimiento, totalizando 25.700 habitantes, haciendo que Macau solamente el 16º mayor ciudad potiguar en número de habitantes. Y en este proceso de descenso poblacional, se destaca, en el auge de la crisis, en los años 1980, el hecho de organismos relevantes, como la Universidad Federal de Rio Grande do Norte, redujo sus actividades con el estancamiento del crecimiento de la población y la reducción de la demanda por cursos de graduación. De esta forma, se concluyó que Macau no ofreció alternativas concretas de supervivencia para esa población desempleada, no atenuando conflictos sociales generados a partir de la modernización tecnológica del parque de salinas, generando así el cuadro de descenso poblacional en el período de 1970 a 2000.Palabras clave: Mecanización de salinas; disminución de la población; Macau.ViewShow abstract... Com a aceleração da industrialização e da urbanização do país, nos anos 1950, ganhou evidência o debate sobre os desequilíbrios regionais. Daí emergiu o projeto da Sudene, cujos desdobramentos levaram à integração da região à dinâmica de acumulação de capital irradiada a partir do Centro-Sul (OLIVEIRA, 1981). Com o Nordeste apresentando taxas de crescimento do PIB acima dos alcançados pelo país 39 , Campina Grande se destacou como uma das mais dinâmicas cidades no cenário regional: ...A nova reprodução do trabalho precário e os mototaxistas de Campina GrandeChapterJan 2014Jucelino Pereira Lun

\"RobertoRoberto Veras de OliveiraView... Longe de se inferir uma relação linear e causal entre o mundo simbólico-cultural e o plano materialeconômico, o fato é que no Brasil as ações modernizantes foram levadas a cabo por governos autoritários (MARTINS, 2013).Foi no período Vargas que a industrialização tomou a hegemonia do setor agrário-exportador no Produto Interno Bruto nacional; e foi a partir do golpe de 1964 que o capitalismo brasileiro atingiu formas mais avançadas. Em nossa história social e política, a mão forte do Estado, reiteradamente, se ocupou em abrir e pavimentar o caminho para as novas frentes de expansão do capital, seja por meio de subsídios e incentivos fiscais, seja pela instalação de infraestrutura, ou por meio da criação de aparatos institucionais, tal como ocorreu com a agropecuária na Amazônia, com a indústria da pesca, e, também, com a indústria do turismo no litoral nordestino(OLIVEIRA, 1981).Sintomático disso é o aumento das produções cinematográficas, que, nos anos 1967 e 1968, ainda no governo do general Médici, considerado o de maior repressão, registram uma média de 50 películas realizadas -o que, posteriormente, leva o Brasil à posição de quinto maior produtor cinematográfico do mundo, quando, em 1976, são produzidas 85 películas. Sem dúvida, uma ascensão expressiva, se levarmos em conta que, em fins da década de 1950, a média girava em torno de 30 filmes realizados(ORTIZ, 2006). ...A função ideológica da Embratur e seu papel na construção de um mercado de bens e serviços simbólicos: a exploração da imagem da mulher brasileira nos anúncios turísticos institucionaisArticleFull-text availableMay 2019Mariana Conceição AlvesAlan Faber NascimentoThamiris Oliveira FreitasEste trabalho tem como objetivo analisar o processo de exploração da imagem da mulher brasileira com base no papel desenvolvido pela Embratur, de modo a investigar como os discursos produzidos pela instituição contribuíram tanto para criar uma ideologia que neutralizasse os ataques políticos à ditadura militar quanto para estruturar um mercado de bens e serviços simbólicos. Mais precisamente, busca-se problematizar como a divulgação do “Brasil destino”, por meio de uma sistemática exploração imagética, se vincula a necessidades dialeticamente combinadas tanto em nível político quanto econômico-estrutural, porquanto, ao fetichizar a mulher brasileira, o governo militar não só resolvia os impasses políticos e ideológicos instaurados pelo regime quanto criava condições para o desenvolvimento da indústria cultural no Brasil, na qual estavam incluídos o turismo e o lazer.ViewShow abstract... Portanto, o fórum da agricultura familiar, composto pelas Ligas Camponesas, STRs e Igreja, articulou-se para formular ideias a partir das demandas do campesinato do semiárido. Segundo Oliveira (1981), tais mobilizações políticas associadas à miséria na Região eram vistas como riscos para a introdução de ideias subversivas e ameaçavam a ordem comandada pela burguesia nacional e pelas oligarquias locais, que tinham representantes no fórum de comunicação política e no fórum de combate à seca. ...COMBATER A SECA OU CONVIVER COM O SEMIÁRIDO? FÓRUNS E ARENAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO SEMIÁRIDO BRASILEIROArticleFull-text availableMay 2019

\"LucasLucas Amorim

\"CatiaCatia GrisaO artigo tem como objetivo reconstituir o processo histórico de intervenção do Estado no Se-miárido brasileiro e as ideias em disputa sobre as estratégias de desenvolvimento para a re-gião. Reconhece-se que dois referenciais disputam a formulação de políticas para o Semiárido: o combate à seca e a convivência com o Semiárido. O primeiro referencial influenciou a for-mulação de políticas públicas durante quase todo o século XX, enquanto o segundo emergiu na década de 1990. As noções de fóruns e arenas de políticas públicas (Fouilleux, 2017, 2003, 2000) demonstraram-se interessantes ferramentas para analisar os atores envolvidos e o cons-tante processo de negociação entre ideias e referenciais. Palavras-chave: Articulação Semiárido Brasileiro; Convivência com o Semiárido; P1MC, P1+2.ViewShow abstract... Grande parte da produção intelectual brasileira sobre desenvolvimento regional no período recente (isto é, nas últimas três a quatro décadas) faz referência, direta ou indiretamente, à obra de Celso Furtado (BERCOVICI, 2003;CANO, 1998CANO, [1981; DINIZ, 2009;OLIVEIRA, 1981;TAVARES, 2011). É, sem lugar à dúvida, uma razão suficiente para não se ignorar a sua importante contribuição. ...O que é desenvolvimento regional? Uma aproximação a partir da realidade brasileiraArticleFull-text availableSep 2019

\"IvoIvo Marcos TheisEste artigo é consagrado à problemática do desenvolvimento regional. O propósito é oferecer uma compreensão um pouco mais contextualizada do que possa ser desenvolvimento regional. De forma que se buscará, nos limites de um artigo breve e objetivo, definir o contexto no qual se possa formular uma noção mais precisa de desenvolvimento regional. A preocupação não é com a elaboração de um conceito abstrato; ela está na tessitura de um quadro, que tem ganho nitidez na pós-graduação brasileira nas três últimas décadas, no qual se possa formular uma compreensão de desenvolvimento regional que corresponda à realidade sociocultural brasileira. Ao pretender-se contribuir para a construção do quadro referido, no qual se pode avançar um entendimento mais preciso de desenvolvimento regional, define-se o Brasil como lócus privilegiado desta tentativa, e suas características socioculturais (como o idioma, a institucionalidade educacional etc.) como referências inamovíveis. Por fim, o artigo sugere que as exigências para que se reconheça o desenvolvimento regional como um campo de conhecimento autônomo estão atendidas.ViewShow abstract... Portanto, o fórum da agricultura familiar, composto pelas Ligas Camponesas, STRs e Igreja, articulou-se para formular ideias a partir das demandas do campesinato do semiárido. Segundo Oliveira (1981), tais mobilizações políticas associadas à miséria na Região eram vistas como riscos para a introdução de ideias subversivas e ameaçavam a ordem comandada pela burguesia nacional e pelas oligarquias locais, que tinham representantes no fórum de comunicação política e no fórum de combate à seca. ...Combater a seca ou conviver com o Semiárido?ArticleFull-text availableOct 2019

\"LucasLucas Amorim

\"CatiaCatia GrisaO artigo tem como objetivo reconstituir o processo histórico de intervenção do Estado no Se- miárido brasileiro e as ideias em disputa sobre as estratégias de desenvolvimento para a re- gião. Reconhece-se que dois referenciais disputam a formulação de políticas para o Semiárido: o combate à seca e a convivência com o Semiárido. O primeiro referencial influenciou a for- mulação de políticas públicas durante quase todo o século XX, enquanto o segundo emergiu na década de 1990. As noções de fóruns e arenas de políticas públicas (Fouilleux, 2017, 2003, 2000) demonstraram-se interessantes ferramentas para analisar os atores envolvidos e o cons- tante processo de negociação entre ideias e referenciais.ViewShow abstract... Ao realizar uma história regional do sertão do Cariri em conexão com a realidade urbana de Fortaleza e os conflitos oligárquicos entre facções no poder e em busca dele na República Velha, deparei-me com um mosaico de forças político-sociais, classes, frações de classe, grupos de status (romeiros do sertão, capangas e cangaceiros, latifúndio e comércio de exportação, setores populares urbanos, jangadeiros, funcionários públicos, jornalistas, burguesia liberal etc.). Esta realidade complexa me fez relativizar um esquema teórico dualista e gradualista, segundo a crítica de Chico Oliveira (1977) a uma esquerda rígida na qual tinha me formado: das contradições entre comércio x latifúndio, burguesia x coronéis , progressistas x reacionários. Serviram-me as leituras da historiografia mais arejada e menos esquemática de Paulo Sérgio Pinheiro (1977), Boris Fausto (1972) e do brazilianist Ralph Della Cava (1977) ao mostrar as conexões, acomodações, porosidades, meandros e sinuosidades entre grupos, partidos, classes, religiosos e positivistas, até então colocados de forma antagônica condicionada por determinismos estruturais. ...Entre a Religião e o Socialismo: Retrilhando Caminhos Vivenciais, Teórica e Epistemologicamente (Memorial)ArticleFeb 2016Marcelo CamurçaView... De algum modo, cores quentes fazem parte do cotidiano do homem do semiárido, contudo, é válido ressaltar que existe também, em determinados meses, a proeminência do verde. Diante disso, ainda há o pensamento de que o semiárido parou em 1944.Apesar de não constar como foco principal desta dissertação, é importante advertir, mesmo que brevemente, sobre este nordeste pobre e raquítico como sendo resultado (além da questão climática) da forma com que o capitalismo monopolista sob a égide da burguesiainternacional-associada desmobilizou as classes sociais, principalmente no Nordeste, em troca de uma Integração Nacional , bem como promover um Desenvolvimento Regional, acarretando, em termos práticos, em mais desigualdades sociais(OLIVEIRA, 1987).Malvezzi (2007) entende o semiárido dentro de uma pluralidade vegetacional, pedológica, geomorfológica, religiosa, política e cultural, mediante sua visão holística.Soma-se a isso também a organização da ciência geográfica em trazer à tona os problemas que envolvem a percepção, atreladas ao entendimento das cartas mentais, sob a ideia de desvendamento das variadas formas de representações humanas. Além do mais, como exemplificam Soares, Cardoso e Ribeiro (2013), Guernica, de Pablo Picasso, fora concebida mediante reflexão do autor, proporcionada pelas consequências nefastas da Guerra Civil Espanhola. ...ARTE E PERCEPÇÃO DA PAISAGEM SEMIÁRIDA: uma proposição metodológica geoartística voltada ao Ensino Fundamental IIArticleFull-text availableJun 2020

\"JoseJose Marcelo Soares de OliveiraJosé FalcãoRESUMO: Este trabalho apresenta proposições metodológicas geoartísticas voltadas ao Ensino de Geografia, trabalho realizado com alunos do Ensino Fundamental II, nos municípios de Guaraciaba do Norte, Massapê e Meruoca, localizados no estado do Ceará, Brasil. O objetivo da pesquisa consistiu em propor, através de desenhos, uma forma lúdica no tratamento do conceito de paisagem na Geografia. Utilizamos a fenomenologia como recurso metodológico na apreensão das percepções dos alunos, de três ambientes geomorfológicos: Maciço Residual, Planalto Sedimentar e Superfície Sertaneja. Constatamos, através das descrições textuais e artísticas, uma gama diversificada de percepções da paisagem e natureza, envolvendo paisagem natural e cultural, bem como observações sobre paisagem idealizada. Além do mais, se pode verificar que, por meio dos desenhos e da escrita, os alunos também demonstraram questões afetivas relacionadas à vivência tanto em suas paisagens quanto em outras paisagens. Desta forma, torna-se importante entender as articulações entre os documentos oficiais, LDB, PCN e BNCC e o conhecimento prévio dos alunos. Buscamos considerar as dificuldades do trabalho docente da educação básica, daí surgiu a compreensão sobre a necessidade de desenvolver uma estratégia lúdica no ensino de geografia, como forma auxiliar. Palavras-chave: Percepção. Arte. Ensino. ART AND PERCEPTION OF THE SEMIARID LANDSCAPE: a geoartistic methodological proposition focused on Elementary Education II ABSTRACT: This work presents geoartistic methodological proposals focused on Geography Teaching, a work carried out with Elementary School II students, in the municipalities of Guaraciaba do Norte, Massapê and Meruoca, located in the state of Ceará, Brazil. The objective of the research was to propose, through drawings, a playful way in the treatment of the concept of landscape in Geography. We use phenomenology as a methodological resource in the apprehension of students perceptions, of three geomorphological environments, Residual Massif, Sedimentary Plateau and Country Surface. We found, through textual and artistic descriptions, a diverse range of perceptions of landscape and nature, involving natural and cultural landscapes, as well as observations aboutViewShow abstract... Neste sentido, Oliveira (1981) afirma que a região é um espaço onde se dá uma forma especial da reprodução do capital local, que o político e o econômico funcionam. A partir do desenvolvimento desigual tem-se a região, isso decorre da especificidade relacionada a dominação de uma forma de reprodução do capital e das relações de produção. ...UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS MESTRADO EM GEOGRAFIA Dourados-MS 2009ThesisFull-text availableMar 2021

\"EliseuEliseu BritoThis work aims to understand the role of Palmas in the network of urban and regional integration through reading about its infrastructure and its symbolic production of urban space, the role ideological hub of activities, shopping and services in South East Eastern Amazon. Therefore, the research was directed to a historical study of the formation of socio region. Social and economic processes were taken as support for the analysis of training space. The frame and the network nodes were seen on a scale according to different historicalperiods of the brazilian’s economy. In this research was understood that the urban network and integration is a reflection, then, starting from the past, as the choice that capitalism makes of particular places and regions, gives the cities a position of hierarchy and a functional specialization. But, can also be understood as a condition. This way, is through it that allows the production and getting of surpluses in several different areas, the movement of value and consumption of goods. The duality of the regional economy helped in understanding of Palmas construction. A city with economical and politicize goals that broked the power of agrarian elites and, later, became the reference point of these elites. Palmas was a new network regional rganization. Changed the city, drawing to itself, the development of the state of Tocantins, and changing the logic direction of many cities. The role of a great city that Palmas was/is in the region, even without being, justifies large investments in infrastructure. This way, some points have been treated in this work which is divided into three chapters and has the city of Palmas as a purpose of study.ViewShow abstract... Não se admitia que simples chapéus e talheres tivessem que ser, necessariamente, importados da Inglaterra. Assim, o desenvolvimento industrial do Centro-Sul começa, a partir da década de 1930, a definir uma nova divisão regional do trabalho na economia nacional, substituindo o arquipélago de economias regionais , produções esparsas no território brasileiro (OLIVEIRA, 1983). ...Caracterização Física nas Imediações da Bacia Hidrográfica de Quixeramobim, Ceará, Brasil. CAMINHOS DA PRODUÇÃO GEOGRÁFICA dinâmicas ambientais, produção do espaço e educação na contemporaneidade. 1eded.Ituiutaba: Barlavento, 2016, v. 1ed, p. 16-41.ChapterFull-text availableAug 2018Felipe Gomes Brasileiro

\"RafaelRafael Coll Delgado

\"CarlosCarlos Magno Moreira de OliveiraPaulo Eduardo TeodoroBrazil s Northeast has water limitations by weather conditions intensified by human activities, these conditions raise discussions taken water resource management decision in semi-arid regions. This study aimed to characterize the physical surroundings of the basin of the Rio Quixeramobim, Ceará - Brazil (BHRQ). For the physical characterization of the basin, they were used TOPODATA images of 30 m resolution for generating the digital elevation model (DEM) of the basin. The results of the physical characterization of the basin were generated values of hydrological parameters (area, higher altitude, the lower altitude average height, perimeter, major axis length, length of all the channels, the number of drains, compactness factor, shape factor , roundness index and drainage density). The BHRQ has not flood risks under normal rainfall conditions for the Ceará Sertão Central region. Physical characteristics of the basin are important tools for urban and rural land management, serving as an aid to decision-making by the organs, agencies, public and private partners in promoting responsible environmental planning policies in the state and in the region of Central Hinterland Cearense.ViewShow abstract... DRd -Desenvolvimento Regional em debate (ISSNe 2237-9029) v. 10, p. 1001-1032, 2020. da transferência de capitais produtivos para a região, via incentivos fiscais e financeiros, através da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) (que confere à indústria o papel de conduzir um processo autônomo de desenvolvimento), não transforma, nos anos 1960 e 1970, as condições de reprodução da estrutura econômica e social da região (OLIVEIRA, 1977;ARAÚJO, 1984;GUIMARÃES NETO, 1989). E, de certa forma, antigas questões estruturais nunca foram resolvidas, como as que dizem respeito ao acesso à água, de maneira mais universal. ...Vulnerabilidade socioeconômica no semiárido cearense: um estudo a partir das mesorregiões do estadoArticleFull-text availableAug 2020Maria Larissa Bezerra BatistaJosé Ediglê Alcantara MouraChristiane Luci Bezerra AlvesA região do semiárido é vista, em âmbitos acadêmico e institucional, como um território que apresenta históricos recorrentes de vulnerabilidades, sendo esta última entendida como o não atendimento das necessidades básicas à sobrevivência dos indivíduos, que envolve elementos relacionados a saúde, educação, renda e saneamento básico. Com base nisso, tem-se que, nos últimos anos, o semiárido cearense apontou para a necessidade de cuidados específicos, mecanismos de desenvolvimento sociais e econômicos apropriados, além da carência de políticas públicas que atentem para os problemas enfrentados pela região. O objetivo deste estudo é criar um índice que mensure os níveis de vulnerabilidade do semiárido cearense, mediante a proposição do Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica (IVSE), a partir da metodologia de Análise Fatorial (AF) e com dados extraídos do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2010. Os resultados apontaram para a criação de três fatores, nomeados de condições socioeconômicas, condições demográficas e condição saúde, respectivamente. Então, conclui-se que existe uma grande heterogeneidade na vulnerabilidade socioeconômica nessa região. Ademais, salienta-se a necessidade de um redimensionamento do papel do Estado em áreas consideradas estratégicas, como a saúde, educação e geração de empregos e renda, tendo em vista que foram identificados níveis altos de vulnerabilidade na região estudada. Palavras-chave: Vulnerabilidade. Semiárido. Ceará. Análise Fatorial. Desenvolvimento.ViewShow abstractUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANASThesisFull-text availableFeb 2004Maria De Fátima

\"MariaMaria de Fátima Yasbeck AsforaA Força DesarmadaO processo de modernização na agricultura brasileira, consolidado no decorrer da segunda metade do século vinte, ficou caracterizado pela desigual estrutura de posse e propriedade da terra, bem como pela adoção de diversos mecanismos de crédito que privilegiaram a classe dominante. No Nordeste, além do forte impulso ocorrido na expansão do modo de produção capitalista, verificamos que a redefinição da divisão regional do trabalho à escala nacional, comandada pela expansão capitalista industrial do Centro-Sul, com o incentivo do capital estrangeiro, concorreu para modelar duas importantes oligarquias agrárias: os “barões do açúcar” e os “coronéis” (os grandes fazendeiros do algodão-pecuária) situados respectivamente nas áreas do litoral-mata e no semiárido. Quanto aos trabalhadores rurais, o processo de modernização conservadora resultou em violências múltiplas, motivando o apoio de setores progressistas da Igreja Católica a partir dos meados de 60, em plena ditadura militar. Desse modo, incentivados pelas idéias do Concílio Vaticano II, sacerdotes e leigos começaram a atuar como intelectuais orgânicos das classes subalternas, no sentido gramsciano, em defesa do homem do campo, denunciando os arbítrios dos proprietários de terra. No nordeste, o processo representativo de uma nova forma de ser Igreja pode ser reconhecido a partir de julho de 1966, quando quinze bispos, liderados por Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife reforçaram e apoiaram o Manifesto da Ação Católico Operária divulgado em março de 1966 e os relatórios da Animação dos Cristãos no Meio Rural do Brasil e Juventude Agrária Católica, JAC também referentes àquele período. Em contrapartida, as autoridades militares empreenderam diferentes níveis e formas de perseguições a esses grupos, configurando uma crise entre Estado e Igreja, enquanto a prática de atividades do clero e de leigos progressistas fazia surgir atores sociais numa perspectiva que corresponderia à origem das Pastorais Rurais e posteriormente à formalização da Comissão Pastoral da Terra. É nesse, contexto dos conflitos agrários, que identificamos os recursos organizativos utilizados pela Comissão Pastoral da Terra como uma Força desarmada, cuja ênfase reside fundamentalmente no processo de formação educacional dos trabalhadores; na Mística, inspirada na Teologia da Libertação; na busca da Justiça, sem odiar ou injuriar o opressor e na articulação com entidades nacionais e internacionais, visando fortalecer as conquistas dos Direitos fundamentais da pessoa humana e semear a Esperança.ABSTRACTThe modernization process of Brazilian agriculture which was strengthened in the second half of the last century featured a lopsided structure of ownership and land tenure patterns which favored the upper classes. In Northeast Brazil beside the strong impulse registered in the expansion of the capitalistic production pattern, a new definition of the regional division of labor on the national scale spurred on by the capitalistic industrial expansion in Center-South Brazil with the help of foreign capital participated actively in the structuring of two agrarian oligarchies: the “sugar barons” in the coastal and rain forest areas and the so-called “coronels” in the semi-arid areas, the undisputed owners of cattle farms and corron-growing areas. The process of conservative modernization gave way to numerous disturbances with the participation of rural workers who received the backing of the progressive sectors of the Catholic Church in the sixties during the military regime. At the time stimulated by the ideas of the Vatican Council II the clergy and the laymen acted as organic intellectuals in the Gramsci meaning of the underclasses in the defense of the peasants against the misdeeds of the landowners. In the Northeast the Catholic Church assumed a new stance from July 1966 on when fifteen bischops under the leadership of Mgr Helder Camara, archbishop of Olinda and Recife backed the Manifesto of the Catholic Workers Action issued in March 1966 and the reports of the Rural Christian Movement of Brazil and the Catholic Rural Youth, known as JAC. On the opposite side military authorities acted vigorously in the persecution as such groups and in so doing touched off a crisis between the State and the Church. At the same time members of the clergy and progressive laymen were active in the creation of Rural Pastoral and later on the Land Pastoral Commission, CPT. In this context of agrarian conflicts we identify the organizational resources used by the Land Pastoral Commission as an Unarmed Force which put the stress on the educational formation of workers patterned on the ideals to be found in the Theology of Liberation in the search of Justice exempt from hate against the oppressor and in close touch with domestic and international agencies to buttress the basic rights of the human being and spread hope around.RÉSUMÉLe processus de modernization de l’agriculture brésilienne se consolida au cours de la seconde moitié du 20e siècle; la caractéristique de ce processus fut l’inégalité de la structure de possession et de propriété de la terre et aussi l’adoption de divers mécanismes de crédit qui ont priviligié la classe dominante. Au Nord-Est, outre la forte impulsion qui cut lieu pendant l’expansion du mode de production capitaliste, nous avons vérifié que la redéfinition de la division régionale du travail à l’échelle nationale, commandée par l’expansion capitaliste industrielle du Centre-Sud, avec l’incitation du capital étranger, ont contribué à façonner deux importantes oligarchies agraires représentées par les “Barons du sucre” sur les aires du littoral et de la forêt et par les “Colonels” de la région semi-aride, qui sont les grands propriétaires de la culture du coton et de l’élevage.Quant aux travailleurs ruraux, le processus de modernisation conservatrice a déclenché de multiples violences, ce qui a motivé l’appui de divers secteurs de l’Eglise catholique, à partir de la moitié des années soixante, em pleine dictature militaire.C’est ainsi que, stimulés par les idées du Concile Vativan II, prêtres et laïcs commencèrent á agir comme intellectuels organiques, dans le sens gramsien, des classes subalternes, pour défendre le paysan tout em dénonçant les actes arbitraires dês propriétaires terriens. Au Nord-est, le processus représentatif d’une nouvelle manière d’appartenir à l’Eglise, peut être reconnu à partir de Juillet 1966, lorsque quinze éveques, sous la conduite de Dom Helder Câmara, archevêque d’Olinda et Recife, ont renforcé et appuyé le Manifeste de l’Action Catholique Ouvriére divulgué au mois de Mars 1966 ainsi que les rapports de l’ACR (Animation des Chrétiens em Milieu Rural) et de la JAC (Jeunesse agricole Catholique) qui appartiennent à la même date.En revanche, les autorités militaires entreprirent différents degrés et manières de persécution contre ces grupes, ce qui a déclenché une crise entre l’Eglise et l’Etat.Pendant ce temps, les activités du clergé et de laïcs progressistes faisaient naître des acteurs sociaux dans une perspective qui correspondrait à l’origine des Pastorales Rurales et postérieurement à la mise en place de la Comission Pastorale de la Terre, CPT. C’est dans ce contexte des conflits agraires que nous avons identifié la nature des moyens d’organisation utilisés par la CPT comme une Force sans armes dont l’intérêt se trouve fondamentalement dans le processus de formation et d’éducation des travailleurs, dans la Mystique inspirée de la Theologie de la Liberation, dans la recherche de la Justice, sans haïr ni injurier l’oppresseur et en lien avec d’autres organisations nationales et internationales qui cherchent à fortifier lês conquêtes des Droits fondamentaux de la personne humaine et à semer l’Espérance.ViewShow abstractSertao Central CearenseBookFull-text availableMar 2019Lucas da Silva

\"AlexandreAlexandre QUEIROZ Pereira

\"EduardoEduardo lúcio AmaralTurismo, meio ambiente e desenvolvimento regional da Região do Sertão Central do CearáViewShow abstractAn Unarmed Force - The Land Pastoral CommissionThesisSep 2018

\"MariaMaria de Fátima Yasbeck AsforaThe modernization process of Brazilian agriculture which was strengthened in the second half of the last century featured a lopsided structure of ownership and land tenure patterns which favored the upper classes. In Northeast Brazil beside the strong impulse registered in the expansion of the capitalistic production pattern, a new definition of the regional division of labor on the national scale spurred on by the capitalistic industrial expansion in Center-South Brazil with the help of foreign capital participated actively in the structuring of two agrarian oligarchies: the “sugar barons” in the coastal and rain forest areas and the so-called “coronels” in the semi-arid areas, the undisputed owners of cattle farms and corron-growing areas. The process of conservative modernization gave way to numerous disturbances with the participation of rural workers who received the backing of the progressive sectors of the Catholic Church in the sixties during the military regime. At the time stimulated by the ideas of the Vatican Council II the clergy and the laymen acted as organic intellectuals in the Gramsci meaning of the underclasses in the defense of the peasants against the misdeeds of the landowners. In the Northeast the Catholic Church assumed a new stance from July 1966 on when fifteen bischops under the leadership of Mgr Helder Camara, archbishop of Olinda and Recife backed the Manifesto of the Catholic Workers Action issued in March 1966 and the reports of the Rural Christian Movement of Brazil and the Catholic Rural Youth, known as JAC. On the opposite side military authorities acted vigorously in the persecution as such groups and in so doing touched off a crisis between the State and the Church. At the same time members of the clergy and progressive laymen were active in the creation of Rural Pastoral and later on the Land Pastoral Commission, CPT. In this context of agrarian conflicts we identify the organizational resources used by the Land Pastoral Commission as an Unarmed Force which put the stress on the educational formation of workers patterned on the ideals to be found in the Theology of Liberation in the search of Justice exempt from hate against the oppressor and in close touch with domestic and international agencies to buttress the basic rights of the human being and spread hope around.ViewShow abstractA força desarmada - Presença da Comissão Pastoral da Terra no nordeste do BrasilThesisFull-text availableSep 2018

\"MariaMaria de Fátima Yasbeck AsforaResumoO processo de modernização na agricultura brasileira, consolidado no decorrer da segunda metade do século vinte, ficou caracterizado pela desigual estrutura de posse e propriedade da terra, bem como pela adoção de diversos mecanismos de crédito que privilegiaram a classe dominante. No Nordeste, além do forte impulso ocorrido na expansão do modo de produção capitalista, verificamos que a redefinição da divisão regional do trabalho à escala nacional, comandada pela expansão capitalista industrial do Centro-Sul, com o incentivo do capital estrangeiro, concorreu para modelar duas importantes oligarquias agrárias: os “barões do açúcar” e os “coronéis” (os grandes fazendeiros do algodão-pecuária) situados respectivamente nas áreas do litoral-mata e no semiárido. Quanto aos trabalhadores rurais, o processo de modernização conservadora resultou em violências múltiplas, motivando o apoio de setores progressistas da Igreja Católica a partir dos meados de 60, em plena ditadura militar. Desse modo, incentivados pelas idéias do Concílio Vaticano II, sacerdotes e leigos começaram a atuar como intelectuais orgânicos das classes subalternas, no sentido gramsciano, em defesa do homem do campo, denunciando os arbítrios dos proprietários de terra. No nordeste, o processo representativo de uma nova forma de ser Igreja pode ser reconhecido a partir de julho de 1966, quando quinze bispos, liderados por Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife reforçaram e apoiaram o Manifesto da Ação Católico Operária divulgado em março de 1966 e os relatórios da Animação dos Cristãos no Meio Rural do Brasil e Juventude Agrária Católica, JAC também referentes àquele período. Em contrapartida, as autoridades militares empreenderam diferentes níveis e formas de perseguições a esses grupos, configurando uma crise entre Estado e Igreja, enquanto a prática de atividades do clero e de leigos progressistas fazia surgir atores sociais numa perspectiva que corresponderia à origem das Pastorais Rurais e posteriormente à formalização da Comissão Pastoral da Terra. É nesse, contexto dos conflitos agrários, que identificamos os recursos organizativos utilizados pela Comissão Pastoral da Terra como uma Força desarmada, cuja ênfase reside fundamentalmente no processo de formação educacional dos trabalhadores; na Mística, inspirada na Teologia da Libertação; na busca da Justiça, sem odiar ou injuriar o opressor e na articulação com entidades nacionais e internacionais, visando fortalecer as conquistas dos Direitos fundamentais da pessoa humana e semear a Esperança.ABSTRACTThe modernization process of Brazilian agriculture which was strengthened in the second half of the last century featured a lopsided structure of ownership and land tenure patterns which favored the upper classes. In Northeast Brazil beside the strong impulse registered in the expansion of the capitalistic production pattern, a new definition of the regional division of labor on the national scale spurred on by the capitalistic industrial expansion in Center-South Brazil with the help of foreign capital participated actively in the structuring of two agrarian oligarchies: the “sugar barons” in the coastal and rain forest areas and the so-called “coronels” in the semi-arid areas, the undisputed owners of cattle farms and corron-growing areas. The process of conservative modernization gave way to numerous disturbances with the participation of rural workers who received the backing of the progressive sectors of the Catholic Church in the sixties during the military regime. At the time stimulated by the ideas of the Vatican Council II the clergy and the laymen acted as organic intellectuals in the Gramsci meaning of the underclasses in the defense of the peasants against the misdeeds of the landowners. In the Northeast the Catholic Church assumed a new stance from July 1966 on when fifteen bischops under the leadership of Mgr Helder Camara, archbishop of Olinda and Recife backed the Manifesto of the Catholic Workers Action issued in March 1966 and the reports of the Rural Christian Movement of Brazil and the Catholic Rural Youth, known as JAC. On the opposite side military authorities acted vigorously in the persecution as such groups and in so doing touched off a crisis between the State and the Church. At the same time members of the clergy and progressive laymen were active in the creation of Rural Pastoral and later on the Land Pastoral Commission, CPT. In this context of agrarian conflicts we identify the organizational resources used by the Land Pastoral Commission as an Unarmed Force which put the stress on the educational formation of workers patterned on the ideals to be found in the Theology of Liberation in the search of Justice exempt from hate against the oppressor and in close touch with domestic and international agencies to buttress the basic rights of the human being and spread hope around.RÉSUMÉLe processus de modernization de l’agriculture brésilienne se consolida au cours de la seconde moitié du 20e siècle; la caractéristique de ce processus fut l’inégalité de la structure de possession et de propriété de la terre et aussi l’adoption de divers mécanismes de crédit qui ont priviligié la classe dominante. Au Nord-Est, outre la forte impulsion qui cut lieu pendant l’expansion du mode de production capitaliste, nous avons vérifié que la redéfinition de la division régionale du travail à l’échelle nationale, commandée par l’expansion capitaliste industrielle du Centre-Sud, avec l’incitation du capital étranger, ont contribué à façonner deux importantes oligarchies agraires représentées par les “Barons du sucre” sur les aires du littoral et de la forêt et par les “Colonels” de la région semi-aride, qui sont les grands propriétaires de la culture du coton et de l’élevage.Quant aux travailleurs ruraux, le processus de modernisation conservatrice a déclenché de multiples violences, ce qui a motivé l’appui de divers secteurs de l’Eglise catholique, à partir de la moitié des années soixante, em pleine dictature militaire.C’est ainsi que, stimulés par les idées du Concile Vativan II, prêtres et laïcs commencèrent á agir comme intellectuels organiques, dans le sens gramsien, des classes subalternes, pour défendre le paysan tout em dénonçant les actes arbitraires dês propriétaires terriens. Au Nord-est, le processus représentatif d’une nouvelle manière d’appartenir à l’Eglise, peut être reconnu à partir de Juillet 1966, lorsque quinze éveques, sous la conduite de Dom Helder Câmara, archevêque d’Olinda et Recife, ont renforcé et appuyé le Manifeste de l’Action Catholique Ouvriére divulgué au mois de Mars 1966 ainsi que les rapports de l’ACR (Animation des Chrétiens em Milieu Rural) et de la JAC (Jeunesse agricole Catholique) qui appartiennent à la même date.En revanche, les autorités militaires entreprirent différents degrés et manières de persécution contre ces grupes, ce qui a déclenché une crise entre l’Eglise et l’Etat.Pendant ce temps, les activités du clergé et de laïcs progressistes faisaient naître des acteurs sociaux dans une perspective qui correspondrait à l’origine des Pastorales Rurales et postérieurement à la mise en place de la Comission Pastorale de la Terre, CPT. C’est dans ce contexte des conflits agraires que nous avons identifié la nature des moyens d’organisation utilisés par la CPT comme une Force sans armes dont l’intérêt se trouve fondamentalement dans le processus de formation et d’éducation des travailleurs, dans la Mystique inspirée de la Theologie de la Liberation, dans la recherche de la Justice, sans haïr ni injurier l’oppresseur et en lien avec d’autres organisations nationales et internationales qui cherchent à fortifier lês conquêtes des Droits fondamentaux de la personne humaine et à semer l’Espérance.ViewShow abstractSemiárido nordestino: os impactos da extração de petróleo no município de Mossoró (RN)ArticleFull-text availableSep 2018Jackeline Carminda Cabral de FreitasValdemar Siqueira FilhoResumo Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório e natureza qualitativa realizada com 33 moradores de zonas rurais localizadas no município de Mossoró (RN) e seu entorno. Objetivou-se analisar a relação que os donos de terras produtoras de petróleo mantêm com as empresas exploradoras. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista com questões abertas e confeccionado um diário a fim de auxiliar na pesquisa não participante. Os resultados mostraram a existência de uma relação verticalizada de poder mantida entre os entrevistados e as empresas exploradoras fazendo-os culpabilizar unicamente a estatal Petrobras pela diminuição no repasse financeiro que lhes é concedido em razão da limitação do uso de suas terras. Verificou-se também a ausência de políticas consolidadas por parte das empresas exploradoras bem como do poder público com o intuito de tornar esses sujeitos independentes financeiramente do lucro da extração do petróleo. Em anos anteriores o setor de exploração de petróleo em terra na região foi capaz de modificar a realidade local por se tratar de um subsídio auxiliar nas atividades de agricultura familiar e criação de gado leiteiro, atuando como suporte financeiro nos períodos de seca prolongada.ViewShow abstractTerritórios de identidade: principais dilemas do processo de gestão: o caso do território do SisalArticleOct 2015Ildes Ferreira de Oliveira

\"AcáciaAcácia Batista DiasO Território de Identidade do Sisal foi instituído em 2003, como resultado da política de desenvolvimento territorial do governo federal; está inserido no semiárido baiano e tem a agricultura familiar como base da sua economia, com destaque para o cultivo do sisal. Essa pesquisa foi realizada com o propósito de contribuir para a discussão sobre gestão dos Territórios de Identidade, através da observação direta, durante o período de quatro anos e o referencial teórico aqui utilizado é o mesmo que ampara as discussões sobre territórios e Territórios de Identidade. O território é entendido como o espaço geográfico definido e modificado a partir das identidades econômicas, culturais e ambientais, e o Território de Identidade como uma unidade de planejamento das políticas públicas a partir da participação direta da sociedade civil organizada em interação com as esferas governamentais, com vistas à construção do desenvolvimento sustentável. O estudo observou que o processo de gestão enfrenta um conjunto de desafios que limita e fragiliza a sua atuação, como a ausência de processos continuados de formação dos sujeitos locais, dados e informações técnicas, memória escrita e recursos humanos, sistemas de gestão, registros das atividades e dos procedimentos administrativos. Esse conjunto de dificuldades, aliado à incapacidade de articular os diferentes segmentos organizados da sociedade civil com vistas à interferência na ação do Estado para transformar as propostas e os projetos locais em políticas públicas, desmobiliza o potencial organizativo, dificulta o funcionamento eficaz do Território de Identidade e reduz a possibilidade de construção de processos de desenvolvimento.ViewShow abstractA expansão metropolitana de Fortaleza: eixos, níveis e escalas na produção do espaçoArticleNov 2015

\"EudesEudes LeopoldoPensar a metropolização de uma determinada localidade implica compreender as convergências, justaposições e combinações das múltiplas escalas (local, regional, nacional, mundial) e eixos de expansão metropolitana, bem como os níveis do processo em questão. A partir desta posição teórico-metodológica, analisamos a expansão metropolitana de Fortaleza na perspectiva de evidenciar sua atualidade, possibilidades e tendências. A metropolização irradiada da metrópole Fortaleza processa-se na tríade produtiva-imobiliária-litorânea, em que cada um desses níveis se expressa e subdivide-se em eixos, formas e conteúdos através de relações discerníveis que, no entanto, só têm sentido articulados às dimensões metropolitanas e demais escalas (Ceará, Nordeste, Brasil, mundo) da produção do espaço.ViewShow abstractGrande capital e agricultura na Amazônia: a experiência Ford no TapajósBookFull-text availableNov 2012

\"FranciscoFrancisco de Assis CostaO volume trata da primeira experiência de uma grande empresa na Amazônia, no caso aFord Motor Company, maior empresa industrial do capitalismo mundial nos anos vinte do século passado, em duas partes. Na primeira apresenta as condições que levaram a Ford à decisão de plantar seringueiras na Amazônia brasileira e, na segunda, analisa as condições de montagem e evolução do projeto no Tapajós até a transferência em 1945, do estabelecimento para o governo brasileiro.ViewShow abstractA Força desarmada :Presença da Comissão Pastoral da Terra nos conflitos agráriosThesisFull-text availableFeb 2004

\"MariaMaria de Fátima Yasbeck AsforaO processo de modernização na agricultura brasileira, consolidado no decorrer da segunda metade do século vinte, ficou caracterizado pela desigual estrutura de posse e propriedade da terra, bem como pela adoção de diversos mecanismos de crédito que privilegiaram a classe dominante. No Nordeste, além do forte impulso ocorrido na expansão do modo de produção capitalista, verificamos que a redefinição da divisão regional do trabalho à escala nacional, comandada pela expansão capitalista industrial do Centro-Sul, com o incentivo do capital estrangeiro, concorreu para modelar duas importantes oligarquias agrárias: os “barões do açúcar” e os “coronéis” (os grandes fazendeiros do algodão-pecuária) situados respectivamente nas áreas do litoral-mata e no semiárido. Quanto aos trabalhadores rurais, o processo de modernização conservadora resultou em violências múltiplas, motivando o apoio de setores progressistas da Igreja Católica a partir dos meados de 60, em plena ditadura militar. Desse modo, incentivados pelas idéias do Concílio Vaticano II, sacerdotes e leigos começaram a atuar como intelectuais orgânicos das classes subalternas, no sentido gramsciano, em defesa do homem do campo, denunciando os arbítrios dos proprietários de terra. No nordeste, o processo representativo de uma nova forma de ser Igreja pode ser reconhecido a partir de julho de 1966, quando quinze bispos, liderados por Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife reforçaram e apoiaram o Manifesto da Ação Católico Operária divulgado em março de 1966 e os relatórios da Animação dos Cristãos no Meio Rural do Brasil e Juventude Agrária Católica, JAC também referentes àquele período. Em contrapartida, as autoridades militares empreenderam diferentes níveis e formas de perseguições a esses grupos, configurando uma crise entre Estado e Igreja, enquanto a prática de atividades do clero e de leigos progressistas fazia surgir atores sociais numa perspectiva que corresponderia à origem das Pastorais Rurais e posteriormente à formalização da Comissão Pastoral da Terra. É nesse, contexto dos conflitos agrários, que identificamos os recursos organizativos utilizados pela Comissão Pastoral da Terra como uma Força desarmada, cuja ênfase reside fundamentalmente no processo de formação educacional dos trabalhadores; na Mística, inspirada na Teologia da Libertação; na busca da Justiça, sem odiar ou injuriar o opressor e na articulação com entidades nacionais e internacionais, visando fortalecer as conquistas dos Direitos fundamentais da pessoa humana e semear a Esperança.ABSTRACTThe modernization process of Brazilian agriculture which was strengthened in the second half of the last century featured a lopsided structure of ownership and land tenure patterns which favored the upper classes. In Northeast Brazil beside the strong impulse registered in the expansion of the capitalistic production pattern, a new definition of the regional division of labor on the national scale spurred on by the capitalistic industrial expansion in Center-South Brazil with the help of foreign capital participated actively in the structuring of two agrarian oligarchies: the “sugar barons” in the coastal and rain forest areas and the so-called “coronels” in the semi-arid areas, the undisputed owners of cattle farms and corron-growing areas. The process of conservative modernization gave way to numerous disturbances with the participation of rural workers who received the backing of the progressive sectors of the Catholic Church in the sixties during the military regime. At the time stimulated by the ideas of the Vatican Council II the clergy and the laymen acted as organic intellectuals in the Gramsci meaning of the underclasses in the defense of the peasants against the misdeeds of the landowners. In the Northeast the Catholic Church assumed a new stance from July 1966 on when fifteen bischops under the leadership of Mgr Helder Camara, archbishop of Olinda and Recife backed the Manifesto of the Catholic Workers Action issued in March 1966 and the reports of the Rural Christian Movement of Brazil and the Catholic Rural Youth, known as JAC. On the opposite side military authorities acted vigorously in the persecution as such groups and in so doing touched off a crisis between the State and the Church. At the same time members of the clergy and progressive laymen were active in the creation of Rural Pastoral and later on the Land Pastoral Commission, CPT. In this context of agrarian conflicts we identify the organizational resources used by the Land Pastoral Commission as an Unarmed Force which put the stress on the educational formation of workers patterned on the ideals to be found in the Theology of Liberation in the search of Justice exempt from hate against the oppressor and in close touch with domestic and international agencies to buttress the basic rights of the human being and spread hope around.RÉSUMÉLe processus de modernization de l’agriculture brésilienne se consolida au cours de la seconde moitié du 20e siècle; la caractéristique de ce processus fut l’inégalité de la structure de possession et de propriété de la terre et aussi l’adoption de divers mécanismes de crédit qui ont priviligié la classe dominante. Au Nord-Est, outre la forte impulsion qui cut lieu pendant l’expansion du mode de production capitaliste, nous avons vérifié que la redéfinition de la division régionale du travail à l’échelle nationale, commandée par l’expansion capitaliste industrielle du Centre-Sud, avec l’incitation du capital étranger, ont contribué à façonner deux importantes oligarchies agraires représentées par les “Barons du sucre” sur les aires du littoral et de la forêt et par les “Colonels” de la région semi-aride, qui sont les grands propriétaires de la culture du coton et de l’élevage.Quant aux travailleurs ruraux, le processus de modernisation conservatrice a déclenché de multiples violences, ce qui a motivé l’appui de divers secteurs de l’Eglise catholique, à partir de la moitié des années soixante, em pleine dictature militaire.C’est ainsi que, stimulés par les idées du Concile Vativan II, prêtres et laïcs commencèrent á agir comme intellectuels organiques, dans le sens gramsien, des classes subalternes, pour défendre le paysan tout em dénonçant les actes arbitraires dês propriétaires terriens. Au Nord-est, le processus représentatif d’une nouvelle manière d’appartenir à l’Eglise, peut être reconnu à partir de Juillet 1966, lorsque quinze éveques, sous la conduite de Dom Helder Câmara, archevêque d’Olinda et Recife, ont renforcé et appuyé le Manifeste de l’Action Catholique Ouvriére divulgué au mois de Mars 1966 ainsi que les rapports de l’ACR (Animation des Chrétiens em Milieu Rural) et de la JAC (Jeunesse agricole Catholique) qui appartiennent à la même date.En revanche, les autorités militaires entreprirent différents degrés et manières de persécution contre ces grupes, ce qui a déclenché une crise entre l’Eglise et l’Etat.Pendant ce temps, les activités du clergé et de laïcs progressistes faisaient naître des acteurs sociaux dans une perspective qui correspondrait à l’origine des Pastorales Rurales et postérieurement à la mise en place de la Comission Pastorale de la Terre, CPT. C’est dans ce contexte des conflits agraires que nous avons identifié la nature des moyens d’organisation utilisés par la CPT comme une Force sans armes dont l’intérêt se trouve fondamentalement dans le processus de formation et d’éducation des travailleurs, dans la Mystique inspirée de la Theologie de la Liberation, dans la recherche de la Justice, sans haïr ni injurier l’oppresseur et en lien avec d’autres organisations nationales et internationales qui cherchent à fortifier lês conquêtes des Droits fondamentaux de la personne humaine et à semer l’Espérance.ViewShow abstractA expansão metropolitana de Fortaleza: eixos, níveis e escalas na produção do espaçoArticleNov 2015

\"EudesEudes LeopoldoPensar a metropolização de uma determinada localidade implica compreender as convergências, justaposições e combinações das múltiplas escalas (local, regional, nacional, mundial) e eixos de expansão metropolitana, bem como os níveis do processo em questão. A partir desta posição teórico-metodológica, analisamos a expansão metropolitana de Fortaleza na perspectiva de evidenciar sua atualidade, possibilidades e tendências. A metropolização irradiada da metrópole Fortaleza processa-se na tríade produtiva-imobiliária-litorânea, em que cada um desses níveis se expressa e subdivide-se em eixos, formas e conteúdos através de relações discerníveis que, no entanto, só têm sentido articulados às dimensões metropolitanas e demais escalas (Ceará, Nordeste, Brasil, mundo) da produção do espaço.ViewShow abstractQualificação do Trabalho: Adestramento ou Liberdade?ArticleNov 2011Antonio Thomaz JrEste ensaio se apresenta com o propósito de debater os principais aspectos que compõem o temário da qualificação do trabalho ou as variações que essa nomenclatura assume nos últimos tempos, e suas ligações com o metabolismo societários empreendido pelo capital. Para tanto se faz necessário ampliar a interlocução com pesquisadores de outras áreas do conhecimento que se dedicam à temática do trabalho, ou seja, se faz necessário ultrapassar as linhas demarcatórias da Geografia, pautado, pois pela prerrogativa de entender o mundo contemporâneo, onsiderando suas continuidades e descontinuidades, as formatações territoriais resultantes e as complexas tramas sociais que se redefinem e dão lastro à estrutura societária vigente.ViewShow abstractDesenvolvimento humano sustentável no semiárido do nordeste do Brasil: da constitucionalização à efetivação dos direitos sociaisArticleNov 2018Jânio Pereira Da CunhaGerardo Clésio Maia ArrudaEste artigo tem como objetivo demonstrar que a efetivação dos direitos fundamentais em sua integralidade pode ensejar as condições necessárias para a universalidade do bem-estar na sociedade brasileira. Toma-se como referência o Programa Bolsa Família como política pública direcionada para a redução da pobreza e da miséria e o semiárido do Nordeste do Brasil como campo de observação privilegiado dos reflexos de sua aplicação. Adotou-se uma abordagem histórica para identificar os problemas de ordem jurídico-política que funcionam como barreiras para as ações do Estado que visam à igualdade social. Conclui-se que o desenvolvimento sustentável depende da efetivação articulada dos direitos sociais.ViewShow abstractA SULANCA NO CENÁRIO DA “REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” BRASILEIRAArticleFull-text availableNov 2018Annahid BurnettEste artigo tem como objetivo localizar e analisar a emergência do fenômeno produtivo comercial Sulanca, no Agreste pernambucano, dentro do cenário da “Revolução Industrial” brasileira durante a época desenvolvimentista. Para tal pesquisamos a documentação bibliográfica pertinente ao estudo sobre a evolução socioeconômica e política do desenvolvimento brasileiro, como também das teorias sociológicas do desenvolvimento no pós-guerra.Palavras-chave: Trabalho; Sulanca; “Revolução Industrial”; desenvolvimento.ViewShow abstractTrês ensaios sobre a Tropicália de Tom Zé - da Era dos Festivais à Era dos editais ThesisFull-text availableOct 2018

\"PatríciaPatrícia Anette Schroeder GonçalvesView60 ANOS DA PRIMEIRA GRANDE OBRA “CONTRA AS SECAS” NO ESTADO DA BAHIA: AÇUDE PÚBLICO JACURICIArticleFull-text availableAug 2019João Fernando Souza LimaNoeli PertileO presente trabalho tem por objetivo analisar o processo de implantação do Açude Público Jacurici no município de Itiúba, que representou a primeira grande intervenção do governo federal no estado da Bahia, sob o contexto das “obras contra as secas”. Executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) no período 1948-1958, a implantação do referido açude resultou em grandes repercussões socioespaciais e importantes alterações na paisagem do município, entre as quais, a formação do povoado Rômulo Campos, originado em função das obras de construção da barragem. Para esta analise, será feita uma contextualização histórica da problemática da seca, em seus diferentes aspectos, bem como das políticas voltadas para a região do semiárido do Nordeste, durante o século XX. Para obtenção das informações que serão apresentadas, além de uma extensa pesquisa bibliográfica, foi realizado Trabalho de Campo com o objetivo de entrevistar antigos moradores do local e outros agentes envolvidos. Os resultados desta pesquisa revelaram os impactos derivados desta grande intervenção, bem como a importância do açude para a população beneficiada; além do abandono do projeto de irrigação criado na década de 1970 para o fortalecimento da economia do município.ViewShow abstractPluraridade, publicização e multiplicação do fazer político: a ação da cidadania contra a fome, a miséria e pela vida no território brasileiro (1992-1997)ThesisFull-text availableJan 2002

\"JoséJosé Henrique Rodrigues StacciariniSob a luz da Ciência Geográfica, sendo estruturado em três capítulos, o texto da presente pesquisa aborda a “Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida no Território Brasileiro (1992/1997)”. O primeiro capítulo discorre sobre “As origens da Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida” a partir do “Impeachment” do primeiro Presidente da República eleito diretamente pela população brasileira depois da Ditadura Militar iniciada em 1964, bem como a partir, também, da publicação do Mapa da Fome do IPEA. O capítulo dois deste texto da Tese de Doutorado aborda as “Estratégias Políticas à Curto Prazo” – as chamadas Ações Emergenciais no Espaço Social Brasileiro. Por sua vez, o capítulo três discorre a respeito das “Estratégias Políticas de Longo Prazo”, em que se enfatiza por grande parte das lideranças dos comitês em funcionamento, a necessidade de procurar ações verdadeiramente estruturais. Uma grande pergunta vai acompanhar o desenrolar deste trabalho de pesquisa ligado a Ciência Geográfica: É realmente possível o trabalho coletivo de atores sociais tão díspares tendo como único elo de ligação a unidade ética em torno da Luta Contra a Fome e a Miséria, em favor da conquista de mais Cidadania para a População Brasileira? Como síntese para a Ciência Geográfica, pode-se afirmar que nosso tempo assiste a uma “gestação da consciência” que se acelera com a pluralidade, a publicização e a multiplicação de novos fazeres políticos – os quais com erros e acertos! – respondem pela valorização política das noções de Cidadania, Ética, Responsabilidade, Solidariedade e Democracia.ViewShow abstractAS NOVAS/VELHAS POLÍTICAS DE PLANEJAMENTO: O passado no presente do campo maranhenseChapterFull-text availableDec 2020

\"IgorIgor Breno Barbosa de Sousa

\"ItaanItaan de Jesus Pastor Santos

\"JoséJosé Sampaio de Mattos Júnior

\"RonaldoRonaldo Barros SodréOs tempos recentes da política brasileira nos mostram um cenário permeado deincertezas no que se refere à manutenção ou até as modificações nas estruturas de conformação de políticas públicas, bem como modelações em suas diretrizes. Pensar a configuração do campo brasileiro atualmente nos remonta a detalhar os principais fatores para que se estabeleça as relações do Estado para com a agricultura patronal e para com a agricultura familiar. Nesta perspectiva, o objetivo deste artigo está centrado em analisar as configurações históricas do campo maranhense e suas correlações com a atualidade, aos quais nos direciona a discutir as ações voltadas para o campo brasileiro nos períodos influentes na modernização da agricultura e da criação do Programa Nacional de Apoio e Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Assim, para essa análise, baseamo-nos no materialismo histórico-dialético pois, entendemos que as configurações históricas do campo brasileiro e, especialmente o maranhense, estão condicionadas as (re)produções do capital. Desse modo, abordar apenas o modo agrícola não seria suficiente para identificar as contradições que permeiam as práticasagrícolas, enquanto atividade importante, historicamente, para a economia brasileira.ViewShow abstractA industrialização brasileira sob a égide do Estado: o exemplo do NordesteResearchFull-text availableNov 1999

\"JoacirJoacir Rufino de AquinoO objetivo da presente Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Economia foi analisar os efeitos da industrialização capitalista nordestina, na década de 1960, decorrente das políticas desenvolvimentistas, no que se refere a produção e a distribuição da riqueza. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em fontes secundárias, partindo do geral para o particular e do particular para o geral, buscando-se analisar de forma crítica os resultados reais do desenvolvimento capitalista no Nordeste. Com efeito, a conjuntura regional foi abordada como reflexo da economia nacional, enfatizando-se o desenvolvimento capitalista desigual e combinado, característico da economia brasileira como demonstrou o rumo da história. Constatou-se, com isto, que no bojo da industrialização regional esteve o Estado, que foi apropriado e desapropriado pela classe capitalista local, nacional e internacional. Assim sendo, apreendeu-se que como resultado geral do processo de industrialização nordestina, esteve o enriquecimento privado e o empobrecimento social da maior parte da população, contrariando o ideário cepalino que priorizava como causa do subdesenvolvimento regional a ausência do capitalismo e não o contrário.ViewShow abstractMobilização do trabalho e escolarização no processo de modernização em comunidades rurais no Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais, Brasil)ArticleFull-text availableJan 2021

\"AnaAna Carolina Gonçalves LeiteCom este artigo, buscamos discutir a relação entre mobilidade do trabalho e escolarização a partir de uma análise do processo de modernização em comunidades rurais do Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais, Brasil) e de levantamentos realizados entre os anos de 2004 e 2014, para estudos e reflexões conduzidos no período (LEITE, 2010, 2015). No que diz respeito ao momento contemporâneo, notaremos o amplo processo de escolarização experimentado pelos jovens do campo e como isso implica processos migratórios, ainda que temporários ou pendulares, mudando a relação entre reprodução familiar e emprego na terra. A partir de uma leitura histórica e com uma extrapolação da discussão sobre a migração para o problema conceitual da mobilidade do trabalho, ademais, encontraremos a escolarização como momento de um processo de autonomização não apenas entre terra e trabalho, como no caso daqueles filhos de camponeses que se escolarizam e podem mobilizar sua força de trabalho independentemente da terra que possuíam, mas também, antes ainda, entre terra, capital e Estado. Nesse momento esteve também a escolarização no centro de um processo de suplantação da antiga iniciativa privada, com a espada nas mãos, por filhos ilustrados que se tornariam proprietários rurais rentistas e absenteístas e urbanizariam seus hábitos, formando a tecnocracia que permitiria a efetiva institucionalização do Estado no Brasil. Para conclusão do percurso, retornamos ao momento contemporâneo, então conceitualmente interpretado como desdobramento crítico daquele processo de autonomização, para situar os horizontes enfrentados pela escolarização diante da mobilidade do trabalho, hoje em crise.ViewShow abstractV:\\SciELOLivros\\books\\eduepb\\VIII Reunião\\eng_can_acu_par\\epubBookJan 2016José Luciano Albino BarbosaViewUNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA LUANA LIMA BANDEIRA ARAÚJO TURISMO REGIONAL NO LITORAL DO NORDESTE BRASILEIRO FORTALEZA 2018ThesisFull-text availableAug 2020

\"LuanaLuana Bandeira AraújoO presente trabalho tem como objetivo principal analisar o Turismo Regional noespaço litorâneo do Nordeste brasileiro em especial nas regiões do Meio-Norte, doSertão e da Zona da Mata. A intenção é compreender a construção de um Nordesteturístico fragmentado, vislumbrando uma lógica cuja densidade histórica suscita ummaior nível de integração entre os estados da Zona da Mata, se comparado aosestados do Sertão e do Meio-Norte. A matriz fundante encontra-se no modo comoestas parcelas da região, no passado, instituíram uma tônica de urbanização dazona costeira e que, na contemporaneidade, mostram a existência de um fluxo deturistas da própria região. Para tanto, parte-se da premissa da existência de pontosturísticos, capazes de aglomerarem grande parte dos fluxos de visitantes devido àsintervenções e beneficiamentos de políticas governamentais, auxiliando aconstrução/reformas de vias rodoviárias que articulam essas localidades edinamizam a região. Os procedimentos metodológicos usados foram: a pesquisabibliográfica; a construção da base de dados estatísticos, alcançados através dedados secundários disponibilizados pelas instituições governamentais oureguladoras, como também dados primários obtidos (in loco) em alguns Estados(CE, RN, PB, PE e AL). Ao estudar essa dinâmica, notou-se que, embora o turismono Nordeste brasileiro tenha se desenvolvido a partir de um mesmo processo deestruturação da atividade turística de sol e praia, principalmente pelo viés deprogramas estruturantes, como o PRODETUR, há a existência de fatores históricose políticos na região do Meio-Norte, do Sertão e da Zona da Mata, que definiram, aolongo do tempo, uma maior integração entre os estados ou não. Esse espaçoconstruído no passado, também denominado de Rugosidade, dinamiza a redeurbana, concretizando um turismo regional e difuso no Nordeste. Assim, as PolíticasPúblicas como o PRODETUR I e II, PRODETUR Nacional e o próprio PAC deramimpulso para as transformações espaciais, estimulando não só o fluxo turísticointernacional, mas passaram a contribuir com a intensificação do fluxo turístico emescala regional, visto o beneficiamento das infraestruturas, principalmente naimplementação e reestruturação de vias rodoviárias no litoral nordestino.Palavras-chave: Turismo Regional. Turismo Difuso. Políticas Públicas de Turismo.ViewShow abstractGestão do Território: Brasil x China Territory Management: Brazil x ChinaArticleFull-text availableFeb 2008

\"ZenoZeno Soares CrocettiThe world crisis, in the West, Brazil, Argentina, Mexico, United States, and inEast (Japan and Asian Tigers), North and South, shows us a world passing bythrough a process of profound transformations. But why in the face of this scenariocatastrophic China has not stopped growing and breaking growth records since the80 s?It is good to remember that it is only now, at the beginning of the 21st century that we begin torid of 19th century heritage.If history is not over, as the predatory right, led byF. Fukuyama, but today we are experiencing a moment of redefining history. And this passesfor the importance that Space has now. When we say that the territory is aproduction from space, we are emphasizing that the actors, organize, delimit,build, destroy, alter territories always according to some intention.ViewShow abstractAs secas no Jequitinhonha: demandas, técnicas e custos do abastecimento no semiárido de Minas GeraisArticleFull-text availableMay 2020Jeter Liano da SilvaÁureo Eduardo Magalhães Ribeiro

\"VicoVico Mendes Pereira Lima

\"LéoLéo HellerEste artigo analisa as secas no Semiárido do vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, investigando a demanda por água, as técnicas utilizadas, as organizações públicas dedicadas ao abastecimento e seus custos. Para isso, foram utilizadas entrevistas com agências públicas e agricultores de quatro municípios. Conclui-se no artigo que a seca aguda de 2012 a 2016 engajou várias agências públicas no provimento de água, com o emprego de técnicas de custos e eficácia diferentes; observou-se que várias inovações técnicas e institucionais ajudam a reduzir o clientelismo que vigora historicamente nas secas; mesmo assim, as maiores despesas continuam a ser com o atendimento emergencial mediado pelo poder local.ViewShow abstractCrise do Novo Desenvolvimentismo e Política Econômica Brasileira (2015)ArticleFull-text availableSep 2019

\"LeonardoLeonardo de Araújo e MotaThe objective of this article is to proceeed a sociological analysis of the crisis of the new developmentalist project at the beginning of the second term of President Dilma Rousseff, considering its fiscal adjustment measures. The bibliographical research was used by research method, having for a temporal cut the year of 2015. The consequence of the fiscal crisis was the return of neoliberal orthodox policies to deal with an acute situation of economic recession in Brazil.ViewShow abstractMUDANÇAS CLIMÁTICAS E RESILIÊNCIA DE CIDADES pdfChapterFull-text availableMay 2015

\"CynthiaCynthia SuassunaViewAgenda de debates desafios teóricos: A TRAJETÓRIA DA DEPENDÊNCIA E OS LIMITES DO CAPITALISMO PERIFÉRICO BRASILEIRO E SEUS CONDICIONANTES REGIONAIS BookFull-text availableApr 2020

\"JoséJosé TrindadeO processo de globalização, a crise da divida dos anos 1980 e a dinâmica econômica passiva brasileira a partir da década de 1990 aprofundaram as precárias condições de desenvolvimento autônomo, seja pela desnacionalização de segmentos expressivos da indústria, seja pela elevação da vulnerabilidade externa nos principais aspectos a ser considerados: na capacidade produtiva (maior dependência de investimento externo direto), tecnológica (baixa capacidade de estruturação de um sistema nacional de inovação e baixa dinâmica tecnológica) e financeira (investimentos financeiros, empréstimos e financiamentos). Vale frisar que as específicas condições econômicas enfrentadas nas décadas de 1980 e 1990, fruto da transição do modelo de substituição de importações (ISI) ao neoliberalismo e assim o reduzido papel do Estado na economia compuseram o quadro mais geral. Naquele período firmou-se não somente no Brasil, mas também na América Latina como um todo, percepção centrada na noção de que são os desequilíbrios internos os únicos responsáveis pelos limites do desenvolvimento no continente. Estas formulações ignoravam o peso e a forma da articulação da América Latina à economia mundial, de outro modo abandonou-se a perspectiva de que as relações capitalistas eram, antes de tudo, relações de poder econômico imperialista que produzem ao mesmo tempo desenvolvimento e subdesenvolvimento como componentes de uma mesma totalidade que é o capitalismo mundial.Duas grandes tendências se estabelecem no sistema capitalista mundial a partir de meados dos anos 1990: i) a revolução científico-técnica, reduz a massa de valor empregada na força de trabalho, tornando a economia de trabalho estabelecida pela inovação tecnológica exígua para valorizar a quantidade de mercadorias gerada pelo aumento da produtividade; ii) a tecnologia nas economias nacionais permite significativamente o barateamento dos preços, em função da elevação do nível de produtividade, sendo que a adoção crescente da automação diminuiu drasticamente o emprego industrial, agravando ainda mais as condições de expansão do exército industrial de reserva e a subutilização de força de trabalho, ao lado da intensificação da exploração dos trabalhadores.O resultado disso é a tendência à queda de preços e a crise de excesso de produção, fazendo com que o capital reaja de quatro formas: i) apropria-se dos recursos públicos do Estado, impulsionando a dívida pública e as dívidas privadas para sustentar lucros extraordinários que não se realizam integralmente pelo ciclo específico do capital produtivo; ii) privatização de empresas públicas, estabelecendo uma forma de acumulação fundada na desapropriação de capital estatal, a exemplo do amplo processo de privatização ocorrida na década de 1990, especialmente Companhia Vale do Rio Doce, e agora neste novo ciclo com a privatização da Petrobras e Eletrobras; iii) transfere-se parcialmente para países que ofereçam força de trabalho com qualificação próxima e significativamente mais barata que a dos países centrais; iv) apoia-se na sobrevalorização cambial estabelecida pelo governo estadunidense, que permite abalizar as diferenças entre os custos em moeda nacional e a realização de mercadorias em dólar, via exportação, restituindo parcialmente o lucro extraordinário por intermédio de vultuosos déficits comerciais dos Estados Unidos. Por outro, a parcial mundialização da revolução científico-técnica e a globalização rentista estabeleceram mudanças que levaram a uma intervenção estatal totalmente distinta da que se determinou durante o período longo de crescimento econômico dos anos 1940 a 1960. Na fase dourada do keynesianismo, este tipo de intervenção favoreceu o desenvolvimento da produtividade, e o ciclo produtivo do capital garantia com razoável autonomia a sustentação dos lucros extraordinários. Entretanto, o novo período de crescimento longo, que se estabeleceu a partir de meados dos anos 1990, criou a lógica de intervenção estatal baseada na sustentação de valores fictícios de ativos em detrimento do desenvolvimento da produtividade. Esta nova lógica manifesta-se pela drástica elevação da dívida pública e dividas privadas localizadas, pelas baixas taxas de investimento e pelo aumento das taxas de desemprego como fenômeno generalizado.De um modo geral cinco pontos característicos do neoliberalismo enquanto “ideologia da crise do sistema mundial”, são pontos macroeconômicos fundamentais:a) A maior intervenção financeirizada do Estado, com elevação do esforço fiscal para fazer frente à elevação da divida pública, dentro de uma lógica de produzir divida pública para transferir rendas nacionais para o centro capitalista. A burguesia subserviente brasileira impôs a Emenda Constitucional 95/17, estabelecendo a mais estúpida e impossível regra de controle fiscal da história do capitalismo como parte das regras do capitalismo rentista.b) O reforço ao discurso do “territorialismo” e a noção de que políticas de desenvolvimento devam ser pontuais e locais, como negação a políticas nacionais e de afirmação de capacidades soberanas de desenvolvimento. Aspecto que reforça a disputa interna a cada nação pelo fluxo de investimento, minando, muitas vezes, a capacidade fiscal local em favorecimento aos capitais empresariais e desorganizando às relações federativas, como no Brasil a “guerra fiscal” é exemplar.c) Imposição pela OMC (Organização Mundial do Comércio) de normas tarifárias e para-tarifárias que sufragam os “princípios da concorrência, abertura comercial e flexibilidade cambial” desiguais e fortemente assimétricos, diminuindo a capacidade de negociação dos países periféricos e reforçando os circuitos comerciais norte-norte. A diminuição de barreiras tarifárias associadas a acordos multilaterais realizados no âmbito da OMC e à proliferação de acordos regionais favoreceu a globalização de processos produtivos, reforçando formas de subcontratação e a crescente externalização produtiva em diversos setores. d) Elevação dos desequilíbrios financeiros e comerciais. A financeirização se processa tanto pelo reforço do caráter rentista da estrutura econômica, compreendendo a expansão da massa de capital fictício no sistema de crédito, como pela flexibilidade cambial e liberalização da conta de capital com consequente instabilidade das transações correntes e balanço de pagamentos das economias periféricas e, nos últimos anos das próprias economias centrais.e) Desmonte das políticas sociais, flexibilização dos mercados de trabalho e destruição da seguridade social, componentes necessários à expansão sem freios do Exército Industrial de Reserva e ao estabelecimento da ideologia liberal-conservadora (“cada um por si, Deus por todos”). No Brasil já temos 41 milhões de pessoas que são desempregas e subempregadas constituindo parte desta enorme massa de pessoas não servíveis ao capitalismo. Nas décadas de 1990 e 2000, as alterações são sensíveis, conformando políticas externas da economia hegemônica com o objetivo de buscar superávits comerciais que pudessem, mesmo de forma limitada, recompor a capacidade de financiamento estadunidense. Será neste contexto que se imporá as economias latino-americanas e, especialmente, aos países mais industrializados da região (Brasil, México e Argentina) uma agenda que sedimentará uma trajetória de desestruturação industrial e de reprimarização de suas bases produtivas. Vale observar que os anos dos governos petistas (2003/2016) demarcaram um período de parcial interrupção da lógica dependente-neoliberal, centrado em três aspectos: i) priorização das políticas sociais e não o ajuste fiscal; ii) fortalecimento da integração regional e; iii) priorização do papel do estado como indutor anticíclico. A destruição da base institucional estabelecida ao longo do período posterior a Constituição Federal de 1988 e fortalecida com os governos petistas se colocou como parte da readequação dependente-neoliberal, impondo a ruptura com o padrão democrático-burguês e uma agenda de radical subordinação geopolítica aos EUA, inclusive com a destruição de parcela da estrutura industrial ainda prevalecente, a exemplo do esfacelamento da Petrobrás e da venda da Embraer.Derivado dos processos possíveis de estratégia de desenvolvimento ou sua negatividade abrem-se muitas possibilidades, porém duas estão neste momento em disputa: i) aquela que se encontra no controle do Estado brasileiro neste momento, estabelece a condição de aprofundamento da dependência e neocolonização brasileira, determinando a intensificação da superexploração dos trabalhadores, a marginalização da fronteira tecnológica e a completa espoliação dos recursos naturais brasileiros; ii) a alternativa à barbárie imperialista é o estabelecimento de uma agenda de desenvolvimento nacional que rompa com a dependência, se aproxime da fronteira tecnológica e defina uma nova regra de poder geopolítico, essa perspectiva somente se abrira com uma crescente radicalidade social e democrática brasileira. Agora começou o século XXI, o Brasil está no centro da disputa entre a hegemonia decadente dos EUA e a hegemonia em ascensão da China. A articulação para o mundo multipolar foi derrotada, agora nos resta a resistência e a inteligência para superar a miséria que nos quer ser imposta.Esta obra não tem somente o objetivo de expor ou “divagar” em torno da Teoria da Dependência Marxista (TDM), seu objetivo é mais amplo: busca primeiramente desenvolver a critica radical ao processo de desenvolvimento capitalista periférico brasileiro, porém estabelecendo chaves de interpretação para três elementos fortes do atual quadro de crise social em que nos inserimos: i) o processo de aprofundamento radical das condições de periferização da economia brasileira no novo quadro geopolítico mundial, bem como sua interação com as demais economias e sociedades latino-americanas; ii) a caracterização das dinâmicas regionais e o suporte que o padrão exportador baseado na produção transnacional agrária e mineral estabelece e transforma as formações subnacionais e, consequentemente; iii) estabelece elementos para análise do padrão de reprodução do capital de especialização exportadora, fator contraditório e paradoxal considerando as características estruturais da sociedade brasileira. Fica sempre a pergunta: é possível um padrão de acumulação baseado no agronegócio e extração mineral sustentar uma sociedade complexa de mais de 200 milhões de almas?As análises aqui inseridas são vertebradas a partir da categoria padrão de reprodução do capital e das formulações calibradas ao longo das últimas cinco décadas pela TDM. A categoria de padrão de reprodução do capital tem como centro a teoria do valor de Marx e o movimento do valor-capital, configura-se como uma abordagem teórico-metodológica que busca mediações analíticas entre categorias conceituais gerais e abstratas (modo de produção capitalista e sistema mundial) e estudos concretos (formação econômico-social e conjuntura), entre a economia mundial capitalista e as características específicas de determinadas formações sociais.Atente-se que o processo de acumulação de capital e sua lei geral, tal qual Marx desenvolve na parte sétima de O Capital, vislumbra o funcionamento do capitalismo como um organismo que necessita reproduzir-se e ampliar-se constantemente com base na exploração do trabalho, o que se relaciona dialeticamente a categoria padrão de reprodução do capital, haja vista a perspectiva da totalidade que contempla a necessidade da ininterrupta produção e reprodução do capital e do capitalismo como sistema calcado na exploração do trabalhador e, por isso, nos conflitos de classes, sendo que a reprodução social no modo de produção capitalista “é apenas um meio de reproduzir o valor antecipado como capital”, o que condiciona e tenciona toda a formação social, estabelecendo a imposição das estratégias econômicas do capital sobre o conjunto dos demais fatores de convivência e existência social. A divisão internacional do trabalho estabelece três zonas na economia mundial: o centro, a semiperiferia e a periferia, sendo que essa divisão aparece funcional para garantir a apropriação de mais-valia pelos centros e novos-centros, permitindo o desenvolvimento do capitalismo nas regiões de liderança tecnológica e o subdesenvolvimento (em condições de dependência) nas regiões de menor progresso tecnológico. A reprodução do capital, segundo Osorio (2012), assume formas diversas em diferentes momentos históricos, o que a faz se readequar às mudanças produzidas no sistema mundial e na divisão internacional do trabalho, de forma que reorganize a produção sobre novos eixos de acumulação e/ou novos valores de uso, o que permite historiar a reprodução do capital e diferenciar os padrões que se estabelecem nacionalmente.Assim, numa aproximação necessária podemos estabelecer o entendimento de padrão de reprodução de capital enquanto uma categoria relacional que possibilita a compreensão das condições concretas como se manifesta a reprodução capitalista nas formações sociais e econômicas que se estabelecem nacionalmente, compreendendo, de um lado graus variados de dependência ao circuito da economia mundo capitalista, por outro, maior ou menor desenvolvimento e expansão autônoma tecnológica, creditícia e poder soberano do seu Estado nacional. Este conjunto de variabilidades estabelece sociedades capitalistas bastante diversas, o que condiciona as relações econômicas internacionais e ao mesmo tempo define o papel destas sociedades na divisão internacional do trabalho, bem como o grau de integração dos diversos circuitos econômicos presentes na sua dinâmica interna.O livro que ora segue o convite a leitura está composto de sete capítulos: no primeiro capítulo se introduz uma agenda de debates com vistas ao desenvolvimento da teoria marxista da dependência; no segundo capítulo se estabelece a análise das alterações na economia brasileira e as contradições de um padrão de reprodução baseado no agrário e na extração mineral com vistas a exportação; o capítulo três problematiza os aspectos regionais e a forma como as economias subnacionais se inserem neste padrão de reprodução de especialização primária exportadora; o capítulo quatro introduz o debate da relação entre a economia e sociedade brasileira e seu papel subimperialista no contexto latino-americano; o capítulo cinco problematiza as vulnerabilidades externas regionais do estado do Pará, buscando inserir este espaço regional no amplo debate das alterações estruturais da economia brasileira; o capitulo seis desenvolve e retorna ao debate clássico entre Marini e Cardoso, construção discursiva que se torna mais importante ainda neste momento de enorme crise e transição da sociedade brasileira após o golpe de 2016; por fim, no capítulo sete se desenvolve a análise critica desta fundamental categoria explicativa do padrão de reprodução do capital assentado nas “terras brasilis” que é a superexploração da força de trabalho.Uma última observação quanto aos artigos, parcialmente publicados em revistas nacionais, citadas em nota de esclarecimento e parcialmente originais. Os autores compõem o grupo de pesquisa coordenado pelo organizador: o Observatório Paraense do Mercado de Trabalho (OPAMET). Vale ainda denotar que na sua totalidade os autores fazem ou fizeram parte do Programa de Pós-graduação em Economia (PPGE/UFPA), sendo o organizador da obra leciona a disciplina “Teoria da dependência e dinâmica do desenvolvimento em países periféricos”, da qual resultou parcela dos artigos aqui apresentados.ViewShow abstractPlanejamento urbano, ideologia positivista e cidades mais justas. O caso do BrasilArticleFull-text availableJan 2020Frederico Lago BurnettEste artigo discute as influências da ideologia positivista no planejamento urbano e suas consequências sobre o movimento da reforma urbana que, desde a redemocratização do Brasil, defende a bandeira do direito à cidade. Entendendo o positivismo como ideologia da ordem burguesa, profundamente enraizada no Estado moderno brasileiro, este texto acompanha sua interiorização pela burocracia estatal na década de 1930, a posterior absorção pelos planejadores urbanos desenvolvimentistas nos anos 1950 e 1960 e a captura das estratégias da Frente Nacional da Reforma Urbana em luta por cidades mais justas no país. Vinculado à gestão do Partido dos Trabalhadores, a institucionalização de procedimentos participativos e negociações oficiais tornam-se vias prioritárias para alcançar uma difusa e abstrata função social da cidade, distanciando o Movimento das lutas populares e impossibilitando-o de alcançar autonomia política. Incapaz de reagir à política de conciliação, submete suas bandeiras ao desenvolvimento capitalista, agravando desigualdades socioespaciais e contribuindo para a crise das cidades, contexto que leva a luta urbana ao impasse e exige reflexão e autocrítica.ViewShow abstractEdição CompletaArticleFull-text availableDec 2019

\"RiziaRizia Mendes MaresViewBREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DA ATUAL CONFIGURAÇÃO DA DEPENDÊNCIA LATINO-AMERICANA E A ECONOMIA MUNDIAL CAPITALISTA: UMA AGENDA DE DEBATESArticleFull-text availableNov 2019

\"JoséJosé TrindadeBarreto TrindadeRESUMO: A Teoria da Dependência (TD) surgiu em meados da década de 1960, em parte como uma reação ao aparente fracasso da análise e das propostas dos desenvolvimentistas e em grande medida como tentativa de explicar as novas características do desenvolvimento socioeconômico da região. Os teóricos da dependência argumentavam que a estratégia de industrialização baseada na substituição das importações era incapaz de produzir efeitos de ruptura com o subdesenvolvimento, pois o mesmo seria antes de tudo uma consequência e parte do processo de expansão mundial do capitalismo. O artigo tem como objetivo central retomar a teoria da dependência enquanto aporte teórico robusto que colabora na interpretação contemporânea das sociedades latino-americanas e se propõe a estabelecer pontos de uma agenda de pesquisa centrada na atualidade e atualização deste aporte teórico. Inicialmente abordam-se os elementos históricos e categoriais sobre e da teoria da dependência; posteriormente, trata da relação entre a teoria da dependência marxista e sua interpretação do contexto latino-americano, buscando compreender as condições de manutenção e renovação da dependência latino-americana; por fim, propomos uma agenda de pesquisas e trabalhos, o que se mostra tanto profícuo, quanto necessário na presente conjuntura de instabilidade e de retrocessos sociais manifestos no Brasil e na América Latina. Palavras-chave: Dependência. Teoria da Dependência. América latina. ABSTRACT: The Theory of Dependency (TD) emerged in the mid-1960s, in part as a reaction to the apparent failure of developmentalists analysis and proposals and to a large extent as an attempt to explain the new characteristics of socioeconomic development in the region. Dependency theorists argued that the industrialization strategy based on import substitution was incapable of producing disruptive effects on underdevelopment, since it would be primarily a consequence and part of the process of world expansion of capitalism. The main objective of this article is to retake dependence theory as a robust theoretical contribution that contributes to the contemporary interpretation of Latin American societies and proposes to establish points of a research agenda centered on the actuality and updating of this theoretical contribution. Initially, we approach the historical and categorical elements about and dependence theory; later, it deals with the relation between the theory of the dependence Marxist and its interpretation of the Latin American context, trying to understand the conditions of maintenance and renovation of the Latin American dependence; Finally, we propose an agenda of researches and works, which is both profitable and necessary in the present conjuncture of instability and manifest social setbacks in Brazil and Latin America.ViewShow abstractAnalyzing Social Vulnerability to Natural Disasters in Northeast Brazil: Catastrophic Flooding Cycles at Alagoas Littoral ZoneChapterOct 2019

\"NeisonNeison Cabral Ferreira Freire

\"ClaudiaClaudia E NatenzonThe process of innovation and technological development have generated situations of risk to post-industrial societies of the twenty-first century, becoming what several authors have called a “risk society.” However, risks do not spread homogeneously among societies. Some less developed regions never share the goods, but the risks, attributed to the intensification of technological and productive processes arising from the globalization of the markets. The objective of this chapter is to discuss and analyze the generation of risks to national catastrophes, such as flooding, in tropical areas with late capitalism. We developed our ideas using Alagoas littoral zone (Brazil) as a case study.ViewShow abstractPós-Doutoramento - Relatório FinalResearchFull-text availableJul 2018

\"SérgioSérgio Ricardo Ribeiro LimaEste texto é o relatório final da proposta de projeto de pesquisa para o Pós-Doutoramento realizado no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC), Portugal, no período de 01/07/2017 a 01/07/2018.ViewShow abstractShow moreResearchGate has not been able to resolve any references for this publication.Recommended publicationsDiscover moreThesisUna propuesta de contribución a la mejora continua empresarial para un sistema de calidad mediante e...July 2010

\"CarmenCarmen De Pablos-Heredero

\"JoseJose Amelio MedinaRead moreChapterFull-text availableInvestigación para la innovación educativa: Panorama actual y desafíos en el PerúDecember 2018

\"MiguelMiguel Barboza-Palomino

\"JoseJose Luis Ventura Leon

\"TomásTomás Caycho-RodríguezView full-textChapterFull-text availableTecnología, producción y consumo: una aproximación a las formas de vida en el asentamiento de Can Ro...January 1998

\"LaiaLaia Colomer

\"PalomaPaloma González MarcénEn esta artículo intentaremos ofrecer un primer análisis de estas formas de producción y consumo en el asentamiento de Can Roqueta, centrándonos específicamente en los datos obtenidos del estudio de los restos cerámicos, faunísticos y macrolíticos analizados tras las excavaciones de urgencia de 1995, realizadas por el Servei d´Anàlisis Arqueològiques de la UAB. Con ello pretendemos enfatizar en ... [Show full abstract] el estudio de los asentamientos prehistóricos aquellas variables relacionadas directamente con el mantenimiento de la población, que configuran el esqueleto indispensable para comprender en toda su complejidad las transformaciones socio-económicas de los grupos humanos. En este artículo nos centraremos en el conjunto de estructuras y materiales adscritos al Bronce Final y al Hierro Inicial, ya que el mayor volumen de evidencias que existen para estos periodos les convierten en el tema principal de estudio para Can Roqueta.View full-textArticleControl y Características de MaduraciónJesús E LarrahondoFernando VillegasEn la caña de azúcar se pueden considerar los estados de maduración botánica, fisiológica y económica (Deuer, 1988). Desde el punto de vista botánico, se considera madura después de la emisión de flores y la formación de semillas que puedan dar origen a nuevas plantas. Si se tiene en cuenta la multiplicación vegetativa, que se utiliza en la práctica, la maduración tiene un ciclo más corto y ... [Show full abstract] ocurre cuando las yemas están en condición de originar nuevas plantas. La maduración fisiológica se alcanza cuando los tallos logran su potencial de almacenamiento de sacarosa, o sea el punto de máxima acumulación de azúcar posible. La caña de azúcar alcanza la maduración botánica antes de la fisiológica; esto significa que la acumulación de sacarosa continúa, por lo general, por 1 ó 2 meses más, después del inicio de la caída de las semillas. El concepto de maduración económica está sobre la perspectiva de las prácticas agronómicas. En este sentido, la caña se considera madura, o en condiciones para el beneficio industrial, a partir del momento en que presenta un contenido mínimo de sacarosa, y un «pol» por encima de 13% con base en el peso de la caña.Read moreDiscover the world s researchJoin ResearchGate to find the people and research you need to help your work.Join for free

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发布于 : 2021-03-26 阅读(0)